O presidente da FIFA, Joseph Blatter, defendeu hoje que Eusébio "conservará para sempre o seu lugar entre os grandes" do futebol, numa carta de condolências enviada ao seu homólogo da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

"Eusébio foi um grande jogador e um grande embaixador para o futebol e  para a FIFA, possuindo não apenas um talento deslumbrante mas também um senso apurado de ‘fair-play’", escreve o dirigente máximo da FIFA na missiva enviada a Fernando Gomes, a propósito da morte do antigo futebolista português.

Blatter recorda os "inúmeros títulos" ganhos por Eusébio com a camisola do Benfica, entre os quais o de melhor marcador do Mundial de 1966, a Bola de Ouro em 1965 e a designação como "um dos melhores jogadores do século pela FIFA".

O líder do organismo máximo do futebol mundial manifesta "profunda tristeza" pelo falecimento do "pantera negra", que classifica como "uma legenda do futebol cuja falta será dolorosamente sentida", endereçando as suas condolências à família do jogador, aos benfiquistas e à comunidade futebolística portuguesa em geral.

"Por favor, diga-lhes que hoje o mundo do futebol está ao seu lado, e espero que estas palavras lhes possam trazer um pequeno consolo neste momento de luto. Em respeito a este momento, a bandeira de Portugal aqui na FIFA permanecerá a meia haste durante três dias", concluiu Sepp Blatter.

Eusébio da Silva Ferreira morreu no domingo, às 04:30, vítima de paragem cardiorrespiratória.

O “Pantera Negra” ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial de Inglaterra, em 1966, foi considerado o melhor jogador e foi o melhor marcador, com nove golos, levando Portugal ao terceiro lugar.

Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.