O padre Vítor Melícias sublinhou hoje a "muita honra" que teve em celebrar a missa em memória de Eusébio, "um grande português", em declarações à saída da cerimónia, realizada na Igreja do Seminário, em Lisboa.

Após a cerimónia, Vítor Melícias enalteceu a memória de Eusébio, citando um comentário veiculado hoje pelo maior diário generalista espanhol, o El País: "Mais do que um desportista, ele torna-se memória e mitologia de um povo".

"Sente-se que era o povo, que ele sempre respeitou e estimou, que não permitiu - e ele também não quereria nunca - transformar-se numa vedeta, mas era uma vedeta do povo", acentuou o padre no final da missa celebrada em memória do "pantera negra".

Melícias sublinhou a "muita honra" que teve em celebrar a missa em memória de "um grande português".

"Ser como o Eusébio vale a pena, porque ele era um grande artista do futebol e  do desporto, mas era, sobretudo, um grande companheiro e um grande amigo, um homem simples. São esses valores que os portugueses devem preservar", salientou.

Melícias defendeu ainda que a memória da mãe de Eusébio "deve ser também homenageada" neste último adeus do "rei", porque "teve o cuidado de criar os filhos de maneira a eles serem protegidos".

O ex-internacional do Benfica Nuno Gomes considera que a carreira de Eusébio "fala por si" e mostra que era "o expoente máximo do futebol português".

"Temos todos de lhe agradecer pelo que fez pelo nosso futebol", acentuou Nuno Gomes.

O angolano Mantorras quis também prestar uma última homenagem ao "pantera negra", tendo aproveitado para sublinhar a "grande tristeza" deste momento para a família benfiquista,

"Nunca esquecerei as primeiras palavras de Eusébio quando cheguei ao Benfica: ‘divirta-se, jogue à bola`", recordou.

Na cerimónia, além da família, marcaram presença várias personalidades do Estado português e do Desporto luso, casos do Presidente da República, Cavaco Silva, do Primeiro Ministro, Passos Coelho, do ministro da Presidência, Marques Guedes, do secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, do secretário-geral do PS, António José Seguro.

O futebol luso também esteve representado ao mais alto nível, com a presença do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, que representou ainda o presidente da UEFA, o francês Michel Platini, do presidente da Liga de clubes, Mário Figueiredo, e do selecionador português, Paulo Bento.

Algumas das grandes figuras do futebol luso também quiseram marcar presença, como Humberto Coelho, Luís Figo, Pauleta, Fernando Couto, Nuno Gomes ou João Vieira Pinto.

A equipa sénior de futebol do Benfica, liderada pelo treinador Jorge Jesus e pelo diretor desportivo Rui Costa, também esteve presente.

O presidente Bruno de Carvalho, acompanhado por outros elementos da direção, representou o rival Sporting nas celebrações.

O antigo campeão olímpico Carlos Lopes foi uma das principais figuras do desporto português presentes.
Eusébio da Silva Ferreira morreu no domingo, às 04:30, vítima de paragem cardiorrespiratória.

O “Pantera Negra” ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial de Inglaterra, em 1966, foi considerado o melhor jogador e foi o melhor marcador, com nove golos, levando Portugal ao terceiro lugar.

Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.

Hoje, após ter sido homenageado no Estádio da Luz e na Câmara Municipal de Lisboa, teve missa de corpo presente na Igreja do Seminário no Largo da Luz, tendo sido sepultado no cemitério do Lumiar.

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