O Conselho Vitoriano considerou esta quarta-feira "inoportuno" o pedido de realização de uma Assembleia-Geral para destituição da direção do Vitória de Setúbal, que foi apresentado por um grupo de associados liderado pelo médico setubalense Júlio Adrião.

"O Conselho Vitoriano, por unanimidade, considerou que o pedido apresentado é manifestamente inoportuno, tendo em conta a atual situação do Vitória Futebol Clube", refere um comunicado lido pelo presidente daquele órgão consultivo, Giovanni Licciardello.

O órgão considera que “as direções e os órgãos sociais devem cumprir os mandatos até ao fim”, de acordo com a mesma nota, divulgada após três horas de reunião dos membros do Conselho Vitoriano, em que participaram, entre outros, os antigos presidentes do Vitória de Setúbal Fernando Pedrosa e Chumbita Nunes.

Giovanni Licciardello lembrou ainda o clube se encontra em fase de aprovação e implementação do PER (Programa Especial de Revitalização), que considerou ser "um instrumento indispensável para que se consiga alcançar a estabilidade financeira absolutamente necessária para os destinos do Vitória Futebol Clube".

"A aprovação do PER constitui um claro indicador de que os diversos interlocutores ligados a este processo, nomeadamente instituições bancárias, Segurança Social, Finanças e fornecedores, encaram a atual direção como um interlocutor responsável e credível para a sua implementação", frisou.

Em comunicado divulgado poucas horas antes da reunião do Conselho Vitoriano, o Vitória de Setúbal SAD (Sociedade Anónima Desportiva) anunciou que o PER tinha sido homologado pelo Tribunal do Comércio de Lisboa, no passado dia 31 de janeiro.

No final da reunião do Conselho Vitoriano, o presidente da Mesa da Assembleia-geral do Vitória de Setúbal, Frederico Nascimento, disse apenas que ouviu atentamente os conselheiros e que vai decidir em breve sobre a realização da Assembleia-Geral requerida por pouco mais de uma centena de associados.