O vice-presidente do Paços de Ferreira justificou hoje a decisão de demitir Henrique Calisto com os "maus resultados" e "exibições deprimentes" na I Liga de futebol, confirmando não estar ainda definido o nome do novo treinador.

Rui Seabra admitiu que a derrota em Setúbal, por 4-0, na última jornada, precipitou a decisão de demitir o técnico Henrique Calisto.

"Os maus resultados e as exibições deprimentes, essencialmente em Setúbal, só podiam dar nisto. Aquilo não é o Paços, nem pode ser o clube a que nos habituámos", explicou Rui Seabra à agência Lusa.

Para o dirigente, o que se passou no Estádio do Bonfim mostra que "alguma coisa não está bem" e que "o Paços não está melhor".

"Quando saiu o Costinha, estávamos a dois pontos da tranquilidade, agora estamos a três, pelo que, ao contrário do que disse o treinador [Henrique Calisto], não estamos melhor", sublinhou.

Rui Seabra reconheceu o risco de voltar a mudar de treinador a 10 jornadas do fim, mas defendeu que "não era possível ficar de braços cruzados".

"É um risco que temos de assumir", disse o dirigente do Paços, confirmando que o treino de terça-feira de tarde deverá ser orientado por Manuel Sousa, elemento da estrutura do clube e responsável pela observação de jogadores.

Segundo Rui Seabra, "dificilmente haverá novidades até ao treino", recusando especular sobre os possíveis sucessores de Henrique Calisto. Jaime Pacheco e José Mota são apontados como candidatos mais fortes ao cargo.

O Paços de Ferreira anunciou hoje o despedimento de Henrique Calisto, depois de a equipa ter sido goleada no domingo na visita ao Vitória de Setúbal, por 4-0, em jogo da 20.ª jornada, após a qual "caiu" para a última posição, a três pontos de Belenenses e Olhanense.

Henrique Calisto sucedeu no comando técnico do Paços de Ferreira a Costinha, após a oitava jornada, tendo, desde então, vencido dois encontros, nas receções a Belenenses e Olhanense, e empatado três, diante Sporting de Braga, Rio Ave e Arouca, tendo perdido os restantes sete encontros.