O Presidente da República portuguesa recordou esta terça-feira as qualidades de liderança e ambição de vitória do antigo capitão da seleção nacional de futebol Mário Coluna, lamentando a morte de um "desportista de exceção".
"O povo português lamenta a perda de uma das suas maiores referências desportivas, personalidade que será sempre recordada pelas suas qualidades de liderança e pela sua ambição de vitória", lê-se na mensagem de condolências enviada pelo chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, à família de Mário Coluna e a que a Lusa teve acesso.
Endereçando as suas mais "sentidas condolências" pela morte do "desportista de exceção", Cavaco Silva lembrou a forma como "capitaneou com brilho a Seleção Nacional no Campeonato do Mundo de Futebol de 1966".
"Foi dos primeiros atletas africanos a erguer a Taça dos Campeões Europeus e, mais tarde, destacar-se-ia como Presidente da Federação Moçambicana de Futebol", refere ainda o Presidente da República,
O antigo futebolista do Benfica Mário Coluna morreu na terça-feira em Maputo, vítima de uma infeção pulmonar grave.
Mário Coluna, antigo internacional português, nascido em Moçambique, tinha 78 anos e estava internado desde domingo no Instituto do Coração, na capital moçambicana.
Nascido em Inhaca, Moçambique, a 06 de agosto de 1935, Coluna conquistou a Taça dos Campeões Europeus em 1961 e 1962 - com um golo em cada final -, foi campeão nacional 10 vezes e conquistou a Taça de Portugal em sete ocasiões ao serviço do Benfica, clube que representou entre 1954 e 1970, fazendo 525 jogos oficiais.
Com a camisola da seleção portuguesa, efetuou 57 jogos e marcou oito golos, envergando a braçadeira de capitão quando Portugal foi terceiro classificado no Mundial de 1966, em Inglaterra, que ainda hoje continua a ser a melhor classificação lusa em campeonatos do Mundo.
Em Moçambique, no início da carreira, alinhou pelo Desportivo de Lourenço Marques, tendo encerrado o percurso como jogador no Estrela de Portalegre (1971/72), depois de uma época no Olympique de Lyon, em França.