Mário Figueiredo garantiu hoje não estar "agarrado ao poder" face à contestação dos clubes que tem enfrentado nos últimos meses na liderança da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

O presidente da Liga foi o orador convidado de um debate no International Club of Portugal, em Lisboa, sobre a 'Economia da Indústria do Futebol', mas acabou por falar sobre a instabilidade que tem pautado o seu mandato e que ficou expressa nas reuniões paralelas entre presidentes de clubes na semana passada.

"Não estou agarrado ao poder, mas tenho o objetivo de cumprir o mandato", começou por dizer o dirigente, relembrando que só está naquela posição por vontade dos clubes: "Nunca foi minha intenção ser presidente da Liga. Estou a fazer aquilo que os clube me mandataram fazer. Porém, os clubes continuam a ser alimentados por um poder monopolista. Temos que deitar abaixo este abuso de posição dominante."

O líder da Liga relembrou também as 'âncoras' do seu mandato, como o aumento das receitas televisivas, o alargamento da Liga, a renegociação dos contratos da II Liga, a introdução das equipas B, a renegociação do contrato coletivo de trabalho com o Sindicato de Jogadores, a centralização dos direitos de transmissão televisiva e a regulamentação das apostas online.

Entre objetivos já alcançados e outros por concluir, Mário Figueiredo vincou que "em dois anos já muita coisa foi feita" e prefere não falar sobre o cenário de uma eventual recandidatura nas próximas eleições.