O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, defendeu hoje que quem manda no campeonato português são os órgãos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e não a liga de clubes.

“Há alguns clubes que estão preocupados com a situação do presidente da Liga, o que é legítimo. Mas há uns clubes que vão atraindo os outros clubes para esta situação como se fosse a Liga o centro do campeonato. O problema da Liga é o mais importante quando haverá eleições daqui a dois meses ou três?”, começou por perguntar Bruno de Carvalho, quando questionado sobre a reunião dos presidentes dos clubes em Fátima, da qual saiu mais cedo, a exemplo do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

O presidente do Sporting destacou que o seu clube só está preocupado com a verdade desportiva e que esta é assegurada por “três órgãos, que pertencem não à Liga, mas à Federação”.

“Com a Comissão de Arbitragem lidamos todas as semanas, está aqui o resultado. Com o Conselho Desportivo já lidámos, no que foi uma verdadeira vergonha nacional com a intervenção do seu presidente. E agora será o Conselho de Justiça, e vamos ver o que sairá daí”, enumerou.

Bruno de Carvalho não poupou críticas à Comissão de Arbitragem e recordou um episódio no qual “um presidente de um clube [Luís Filipe Vieira, do Benfica] se queixou da arbitragem e viu um representante da comissão de arbitragem [o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol] dizer publicamente no dia seguinte que o árbitro estava incomodado”.

“Alguém já viu o árbitro Vasco Santos mostrar-se incomodado?”, questionou, dizendo que, por aquilo que leu na comunicação social, este estava tranquilo.

O responsável "leonino" não percebe “essa dualidade”, nem a aceita mais: “Errar é humano, ser grosseiro não é assim tão humano”.

Questionado sobre se poderia haver uma colaboração com o Benfica na procura de uma solução conjunta para as questões de arbitragem, o presidente "leonino" rejeitou a hipótese.

“O Sporting está disponível para se começar a pensar em algum género de solução conjunta. É preciso é que não refilemos apenas quando não estamos no lugar que queremos. Ainda não vi isso acontecer”, disse.

Bruno de Carvalho terminou a conferência garantindo que esta não foi uma forma de pressão sobre as entidades responsáveis pelo futebol nacional.

“Se esta conferência me devolvesse os sete pontos, seria uma forma de pressão negativa. Claro que é uma forma de o Sporting se poder defender daquilo que é um final de campeonato. Se a forma dos clubes se defenderem é considerada uma forma de pressão, então mais vale mandarem uma carta no início da época a dizerem qual é o lugar em que vai ficar no campeonato”, concluiu.