O presidente do Vitória de Setúbal, Fernando Oliveira, revelou hoje que o clube poderá vender "dois ou três jogadores" até ao fim da época e reafirmou o interesse da direção na continuidade do treinador José Couceiro.

"Falamos com o José Couceiro todos os dias. Estamos a discutir o plantel para a próxima época, a decidir quais são os jogadores que continuam, os jogadores dispensáveis e os jogadores a adquirir", disse Fernando Oliveira.

O dirigente sadino, que hoje tomou posse em cerimónia realizada no salão nobre da Câmara Municipal de Setúbal, garantiu que vai esperar mais um mês pela decisão de José Couceiro e que até já lhe comunicou os termos da proposta para continuar em Setúbal.

"A proposta que fiz ao José Couceiro foi no sentido de o libertar se ele receber um convite de um dos três grandes do futebol português, Sporting, Benfica e Porto, ou de clube estrangeiro que lhe pague muito mais do que o Vitória de Setúbal", disse Fernando Oliveira.

O presidente sadino lembrou que "toda a gente quer ganhar dinheiro”, pelo que não vai inviabilizar a saída do treinador.

“Naturalmente, se o José Couceiro tiver uma boa proposta que lhe permita ganhar muito mais, quem sou eu para lhe dizer para ficar aqui. Mas se receber propostas de clubes da mesma dimensão, espero que nos dê preferência", acrescentou o presidente do Vitória de Setúbal, reeleito para o triénio 2014/2017.

Fernando Oliveira quer manter o treinador José Couceiro, que já garantiu a permanência do clube na I Liga de futebol, mas admite a saída de dois ou três jogadores, que poderão render algum dinheiro para os depauperados cofres do Bonfim.

"Está tudo bem encaminhado para vendermos dois ou três jogadores até ao fim da época e isso é que nos vai permitir resolver alguns problemas. O património do Vitória de Setúbal não são os terrenos, são os jogadores que temos para vender", disse Fernando Oliveira.

Questionado sobre a possibilidade de o clube reaver a propriedade plena dos terrenos do Bonfim, que foram cedidos à empresa Pluripar, Fernando Oliveira reconheceu que se trata de um processo complicado.

"As pessoas não podem ignorar que o Vitória recebeu seis milhões de euros há dez ou doze anos. E, logicamente, que os investidores, para largarem mão disso, querem o seu dinheiro", disse.

"Nós, paulatinamente, juntamente com a Câmara Municipal, estamos a tentar convencê-los a que façam alguma cedência, ou qualquer coisa do género. Mas as coisas não são fáceis. Mas nós somos pessoas de bem, não queremos rasgar os contratos. É com o diálogo que conseguimos levar a água ao nosso moinho", concluiu Fernando Oliveira.