José Eduardo Simões, candidato a um quarto mandato na presidência da Académica, disse hoje à agência Lusa que, se for reeleito, os sócios podem esperar na próxima época uma equipa "muito competitiva" a lutar pelo acesso às competições europeias.
"Os objetivos passam por ficar entre os oito primeiros lugares da I Liga e disputar um lugar de acesso às competições europeias, com uma equipa muito competitiva e jogadores escolhidos com critério [custo/eficácia], capaz de ter resultados", apontou o candidato da lista A, "Académica sempre - ambição com resultados".
Em entrevista à Lusa, José Eduardo Simões sublinhou que apresenta aos sócios um projeto de "bom senso, capacidade de gestão, provas dadas, estabilidade, ambição diária e permanente e com resultados que estão à vista" nos seus 10 anos de presidência.
O dirigente academista frisou que a "Briosa" está há 13 épocas consecutivas na I Liga, estatuto partilhada por apenas mais seis clubes, conquistou uma Taça de Portugal (2012) e participou na Liga Europa, "honrando Portugal, nomeadamente através de uma vitória sobre o Atlético Madrid (2-0), que jogou em Coimbra com sete jogadores da atual equipa que foi campeã de Espanha e chegou à final da Liga dos Campeões".
"Se esta época não fossemos o clube mais prejudicado [pelas arbitragens] poderíamos ter acabado ou lutado pelo quinto lugar", em vez da oitava posição, defendeu José Eduardo Simões, salientando que o orçamento da Académica (3,5 milhões de euros) era o mais baixo dos primeiros 11 clubes da tabela classificativa da I Liga.
Numa retrospetiva aos 10 anos que leva de presidência, explicou que os seus mandatos foram marcados por três períodos diferentes, "o primeiro mais virado para a sobrevivência económica da Académica, que foi conseguido, e uma segunda fase dirigida para infraestruturas e equipamentos".
"O clube não tinha património, exceto o pavilhão Jorge Anjinho, e não dispunha de espaços para treinar. Construímos a Academia e adquirimos a antiga sede dos Arcos, duas grandes obras que são pilares da capacidade para dar o salto desportivo. Depois, entrámos numa terceira fase de consolidação desportiva, que foi alcançada neste último mandato", explicou.
José Eduardo Simões destacou ainda a abertura da loja do clube e a criação da sala de troféus Vasco Gervásio, inaugurada no dia 25 de abril e que já conta com mais de um milhar de visitas.
Segundo o candidato da lista A, a área da formação será dividida em dois setores, um de iniciação e outro de especialização para as equipas que entram em competição, sobretudo dos juvenis até aos sub-23, com o objetivo de "melhorar a integração dos atletas no futebol sénior".
"Queremos retomar a ambição que tivemos, ter novos resultados, alargar horizontes, pois a Académica não é só futebol, é uma instituição especial com marca muito própria, relações institucionais e com capacidade para ser uma voz ouvida em todo o país", frisou.
O candidato ambiciona projetar Académica a nível "nacional e internacional como uma marca com qualidade e reconhecida", e tornar o clube "mais plural", através de maior interação e ligação com a Associação Académica, a Universidade, o Instituto Politécnico e as Câmaras Municipais do distrito, "criando produtos fundamentais para estudantes".
A poucos dias do ato eleitoral, que se realiza sexta-feira, José Eduardo Simões apela aos sócios para que "votem em consciência, no projeto mais adequado, que analisem as propostas e, sobretudo, que analisem tudo o que fizemos e conseguimos até hoje".