Com a janela aberta neste mercado de verão, e com a certeza que Jorge Jesus fica no Benfica, o treinador dos encarnados falou sobre a possibilidade de perder jogadores importantes do seu plantel.
"O que é difícil não é só perder os jogadores melhores. O difícil é manter a qualidade da equipa para as exigências que o Benfica tem: é sempre para ganhar. O ter de vender já é complicado mas mais complicado, é manter a qualidade da equipa. Até hoje não se tem notado. Isso é um trabalho que me dá um certo gozo porque tenho cada vez mais que arranjar soluções, para que quando os jogadores saem, tenham de entrar outros", disse Jesus na entrevista ao canal da Luz.
Jorge Jesus explicou ainda a expressão "jogadores do treinador".
"Há jogadores do treinador. Como é o caso do Di María. Cheguei e coloquei-o a jogar onde ele jogava, com algumas nuances. O Enzo é o jogador do treinador. Tal como o Matic, o Coentrão e o David Luiz. Fomos nós que mudámos o posicionamento e a ideia que os jogadores tinham. Isso dá-nos satisfação. Não consigo potencializar jogadores se eles não tiverem algum talento. Já sei que os melhores têm de ser vendidos para manter o equilíbrio financeiro", explicou.
"Não tenho até agora a confirmação da saída de jogadores. Enzo se tiver de sair vai sair", acrescentou.
Sobre o tema reforços no Benfica, Jorge Jesus disse que o clube não pode pensar apenas nos jogadores da casa. O treinador do Benfica disse ainda que Candeias, do Nacional, é um jogador com caraterísticas interessantes.
"O Benfica não pode, no seu futuro, pensar que o clube vai ter só jogadores formados no clube. A formação e prospeção estão ligadas. Os reforços já garantidos dentro dessa filosofia e podemos potencializá-los. O Candeias é um jogador que conhecemos, tem umas características próprias que se adaptam à ideia de jogo do Benfica", afirmou.