O presidente do Estoril admitiu hoje que "nem nos piores pesadelos pensaria ser possível uma golpada tão grande" como a que garantiu ter assistido no ato eleitoral para a presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Tiago Ribeiro esclareceu hoje, à saída da sede da LPFP, no Porto, que para “a grande maioria dos clubes, este ato eleitoral não tem qualquer legitimidade”.

“O ato eleitoral, na nossa maneira de ver, nem se iniciou. Havia uma proposta para proceder à anulação do ato porque estava viciado e carregado de ilegalidades desde o início. Mas, o presidente da assembleia-geral achou que não devia aceitar e dar inicio às eleições”, explicou o líder do Estoril.

O presidente do clube “canarinho” prosseguiu: “No final, no universo de 53 votos, foram apenas registados 10 (mais dois em branco)".

“Infelizmente, o que está a acontecer aqui é uma completa ilegalidade, com reflexos criminais, e que têm que ser apurados pelo Ministério Público, pela Procuradoria. E, nós, vamos impugnar todo o ato eleitoral, que no nosso entender não tem legitimidade nenhuma”, frisou.

Como solução, Tiago Ribeiro admitiu seguir a sugestão do presidente da Académica, José Eduardo Simões, de iniciar uma greve, atrasando, desse modo, o início dos campeonatos profissionais.

“Foi sugerido por um dos presidentes que se faça uma greve e, no limite, é uma medida que pode ser tomada se nada mudar. Mas, até lá, acredito que os nossos tribunais, o Ministério Público e a Procuradoria-geral vão intervir”, disse.

Tiago Ribeiro assumiu culpas: “Nem nos nossos piores pesadelos pensávamos que a golpada pudesse ser tão grande. Temos que fazer ‘mea culpa’, porque houve um pouco de inércia da nossa parte durante um tempo. Até porque nós acreditávamos que no ato eleitoral iria haver a tal democracia”.

“Mas, nem nos meus piores pesadelos imaginava que pudesse acontecer algo como o que aconteceu hoje. Agora, é lutar com todas as armas", finalizou o presidente do Estoril.