A candidatura de Rui Alves à presidência da Liga de clubes de futebol considerou hoje que a única lista admitida a votos, a do atual presidente Mário Figueiredo, também contém "irregularidades processuais" que a deveriam ter excluído.

Uma fonte da lista do ex-presidente do Nacional da Madeira, excluída na segunda-feira, disse à Lusa que a equipa de Rui Alves fez "uma verificação aos documentos" da candidatura de Mário Figueiredo e detetou "irregularidades", pelo que "não cumpre os pressupostos exigidos".

Assim, salientou que a lista D - a única admitida a votos na eleição de hoje - também deveria ter sido rejeitada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Carlos Pereira, no processo de verificação realizado na segunda-feira.

A fonte escusou-se a especificar, em concreto, quais as irregularidades que diz ter detetado nos documentos da lista D, afirmando apenas que se trata de "irregularidades processuais relacionadas com os subscritores da lista de Mário Figueiredo, nomeadamente o Leixões, o Santa Clara, o Atlético e o Farense".

Acrescentou que os subscritores da lista rejeitada de Rui Alves (entre os quais o Nacional, o Sporting da Covilhã, o Beira-Mar, o União e o Vitória de Setúbal) pretendem especificar na Assembleia Eleitoral da Liga, marcada para hoje, quais os "erros processuais" da lista de Mário Figueiredo.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga rejeitou na segunda-feira as candidaturas de Fernando Seara e do ex-presidente do Nacional da Madeira Rui Alves à liderança do organismo e apenas admitiu a lista encabeçada por Mário Figueiredo.

Em relação à candidatura B, encabeçada por Rui Alves, o argumento para a rejeição decorreu da não apresentação de qualquer lista candidata à Comissão Disciplinar e à Comissão Arbitral, acrescendo o facto de à data do termo do prazo de apresentação de candidaturas, o candidato em causa estava registado, na Conservatória do Registo Comercial, como presidente da SAD do Nacional da Madeira.

Na sequência, o ex-presidente do Nacional considerou a decisão como uma “golpada” e anunciou que vai apresentar uma providência cautelar para suspender o ato eleitoral, marcado para hoje, até “ser reposta a legalidade”.

Na manhã de hoje, a mesma fonte da candidatura de Rui Alves tinha declarado à Lusa que estaria “a analisar diversas soluções” para contornar a rejeição da sua lista, descartando, porém, a entrega hoje de uma providência cautelar.

Em 2006, Rui Alves também interpôs uma providência cautelar aquando da eleição de Hermínio Loureiro para presidente da Liga de clubes, que produziu efeitos após o ato eleitoral.