O presidente da Académica salientou hoje que a decisão de obrigar a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) a repetir eleições é mais um anúncio da "derrota" de Mário Figueiredo.

Em declarações à agência Lusa, José Eduardo Simões considerou que "mais tarde ou mais cedo" o presidente da Liga, Mário Figueiredo, será derrotado, embora isso não tenha evitado "os danos altamente gravosos causados a todos os envolvidos".

"Mas a falta de vergonha a que o presidente da Liga nos habituou vai levá-lo a contestar a decisão nos tribunais, dando mais um passo rumo ao pântano para onde está levar todo o futebol português", sublinhou o dirigente, um dos maiores contestatários do presidente da LPFP.

A LPFP terá de organizar novamente eleições, na sequência da anulação do ato que reelegeu Mário Figueiredo, a 11 de julho último, por parte do CJ da Federação Portuguesa de Futebol. A decisão de obrigar a novo ato eleitoral no organismo decorre do deferimento parcial do recurso apresentado por Vitória de Guimarães e Estoril-Praia, por unanimidade do CJ da FPF, considerando como admitida a candidatura de Fernando Seara, ex-presidente da Câmara Municipal de Sintra e atual vereador do Município de Lisboa.

O órgão federativo, que não analisou o recurso de Rui Alves, cuja candidatura também não foi aceite e está dependente dessa deliberação, considerou ainda que a lista apresentada por Mário Figueiredo detinha "vícios formais", salvaguardando que poderia ser admitida caso os mesmos fossem "sanados". Mário Figueiredo, que preside à LPFP desde janeiro de 2012, foi reeleito para o organismo com votos de sete clubes, casos de Sporting, Paços de Ferreira e Belenenses, da I Liga, Leixões, Farense, Santa Clara e Atlético, da II Liga.