Mudou o comandante, mas a nau segue o seu caminho. O Estoril vira a página depois da bonita história escrita por Marco Silva e tem agora uma página em branco com a assinatura de José Couceiro. Quanto ao plantel, os “canarinhos” voltaram a ver o mercado levar os seus melhores jogadores e procura-se agora uma nova base para a repetição dos anteriores êxitos.

Aos 51 anos, José Couceiro tem a pesada herança de fazer esquecer o seu carismático e bem sucedido antecessor, que - fruto do trabalho realizado na Amoreira - deu o salto para o Sporting. O ex-treinador do Vitória de Setúbal conduziu os sadinos na temporada transata a uma época tranquila, culminada com um positivo oitavo lugar, depois das agruras e amarguras vividas em anos anteriores com o espectro da descida de divisão.

O seu trabalho convenceu o presidente da SAD do Estoril, Tiago Ribeiro, que aposta em Couceiro para prosseguir o trabalho que tem sido realizado. A experiência do técnico foi também vista como uma solução interessante para a segunda campanha consecutiva nas competições europeias, onde cada vez mais importa fazer boa figura.

Na equipa que apenas ficou atrás dos três grandes e à porta de um lugar na Champions brilhavam Evandro, Gonçalo Santos, Carlitos ou Tiago Gomes, entre outros. Hoje, nenhum dos nomes deste quarteto mora mais na Amoreira. Agora, o presente poderá assentar nas novidades Kakuba, Kuca, Esiti ou Tozé, e nos cotados Vagner, Yohann Tavares e Diogo Amado.

O quinto e quarto lugares alcançados nas duas últimas edições do campeonato nacional refletem um dos melhores períodos da história do “clube da Linha”. Uma fase especial e que eleva ainda mais o grau de responsabilidade sobre o treinador e o plantel estorilista. A época 2014/15 vai confirmar se o Estoril sobrevive ao peso do sucesso.