Desde que Ricardo Quaresma foi 'riscado' da lista de convocados para o encontro da segunda jornada do campeonato português em Paços de Ferreira os alarmes soaram no Dragão. O extremo português, habituado a protagonizar cenas dignas de um "touro enraivecido", teve um comportamento que o treinador Lopetegui não gostou de ver. E o basco parece não gostar de ser desrespeitado.

Basta rebobinar a película até à semana passada, mais propriamente até quarta-feira, e a cena principal é encontrada. Quaresma, indignado com a condição de suplente na primeira mão do play-off, não foi aplaudir os adeptos portistas presentes em França, depois de ter entrado aos 89 minutos.

Ontem, quando todos esperavam que Ricardo Quaresma fosse titular no desafio, eis que o nome do jogador aparece na lista de atores secundários, no banco de suplentes.

Sem Quaresma, entrou Óliver Torres. O espanhol também não brilhou e ficou o tempo todo escondido. Sorte que no outro corredor esteve o argelino Brahimi, autor do primeiro golo do FC Porto, com um excelente remate num livre direto fora da área. Mais à frente, o colombiano Jackson Martínez fez o que mais esperam dele e dos seus pés surgiu o segundo golo, num pontapé rasteiro à boca da área do Lille.

O meio-campo, formado por Casemiro, Herrera e Ruben Neves, começou bem – aliás, a entrada do FC Porto foi demolidora e sugeria um futebol de grande nível – mas o cansaço e a desatenção foi tomando conta do jogo à medida que os minutos iam passando.

O FC Porto ainda não sofreu golos desde que começou oficialmente a temporada e por isso a defesa continua a dar sinais de estar bem. Mesmo assim, Martins Indi – que começou a central e depois passou a lateral na sequência da lesão de Alex Sandro – mostrou ser a peça mais frágil da linha defensiva.

Perto do apito final – e com a passagem à fase de grupos assegurada – Casemiro foi obrigado a deixar o relvado por lesão e Lopetegui apostou em Ricardo. Os adeptos assobiaram, não à decisão, mas à ausência de Quaresma, que irá ser comentada, e muito, nos próximos capítulos.

Em suma, o FC Porto não foi tão dinâmico como costuma ser e nem circulou a bola com fluidez, isto perante um Lille muito limitado técnicamente e táticamente, mas demonstrou que tem as ideias bem vincadas.
No final de contas o que interessa são as contas, e o FC Porto arrecada mais de oito milhões de euros com esta qualificação, mas as mais de 45 mil pessoas presentes nas bancadas do Dragão mereciam ser presenteadas com algo mais.

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