Bruno de Carvalho e Pinto da Costa têm estado em silêncio nos últimos dias que antecedem o clássico desta sexta-feira (20h30), no Estádio José Alvalade, mas o último ano e meio foi marcado pelas declarações ‘pouco simpáticas’ entre os líderes de Sporting e FC Porto.

A transferência de João Moutinho, em maio de 2013, representou o primeiro passo na escalada da tensão entre os dois emblemas e contribuiu de forma decisiva para o atual corte de relações institucionais, declarado pelos leões. A voz mais ativa neste conflito tem sido Bruno de Carvalho, que se tem insurgido contra o domínio portista. Do lado dos dragões, Pinto da Costa tem preferido não responder diretamente ao seu homólogo leonino, ao dizer que não o conhece. No entanto, tal não significa que Pinto da Costa não tenha deixado de enviar as suas ‘farpas’.

Recorde aqui este clássico jogado fora das quatro linhas entre os presidentes de Sporting e FC Porto:

Bruno de Carvalho (25 de maio de 2013):
“O presidente do FC Porto sempre vendeu jogadores pela cláusula de rescisão. Quando eu entrei, vendeu um jogador por uma percentagem mais baixa porque estava a perder faculdades. É natural, também as irei perder.”

Pinto da Costa (25 de maio de 2013):
“Comprámos aquilo a que chamaram ‘maçã podre’ por 11 milhões e vendemos por mais do dobro. O Sporting só tem de estar satisfeito.”

Bruno de Carvalho (26 de maio de 2013):
“Tivemos o azar de o FC Porto não estar a conseguir fazer os negócios que tem feito. Fruta não é connosco. Agora, há algo que temos a certeza absoluta: não somos bananas.”

Pinto da Costa (17 de setembro de 2013):
“O que ele diz não me interessa. Nem sequer o conheço.”

Bruno de Carvalho (4 de junho de 2014):
“Na gíria popular, porque sabemos que o futebol português está bipolarizado, isto funciona como o ânus onde temos duas nádegas que se enfrentam uma à outra. Entre algo fisiológico como o ânus, ou sai vento mal cheiroso ou trampa.”

Pinto da Costa (4 de junho de 2014):
“Ele falou em nádegas? Só duas? Ah ah ah.”

Bruno de Carvalho (5 de setembro de 2014):
“Se aprecio Pinto da Costa? De facto não. No que pretendo diferenciar-me dele? De preferência em tudo. (…) Para vencer, não vale tudo. Adoro vencer, detesto perder e empatar, mas não vale tudo. Há pessoas que acham que vale tudo na vida.”