A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do futebol do Sporting de Braga registou um resultado líquido negativo de 2,3 milhões de euros em 2013/14, depois de quatro épocas seguidas a apresentar lucros.

Os responsáveis da SAD explicam que isso resulta da "opção pela manutenção" dos principais jogadores para que a equipa "possa rapidamente retomar a sua presença nas competições europeias" e que teria bastado a alienação de um desses ativos desportivos para que o resultado líquido do exercício fosse "consideravelmente positivo".

A SAD minhota passou de um resultado positivo (o que acontecia pelo quarto ano consecutivo) de 5,4 milhões de euros em 2012/13 para um negativo de 2,3 milhões em 2013/14.

Segundo o relatório e contas que o clube disponibilizou esta quarta-feira no seu sítio oficial na internet, os resultados económicos e financeiros negativos da SAD do Sporting de Braga foram, no período de 2013/14, "significativamente influenciados por diversos fatores", com a eliminação precoce da Liga Europa, diante do Pandurii, ainda no "play-off" de acesso à competição, à cabeça.

Determinante foi também a não renovação do ‘naming’ do estádio pela seguradora AXA e, positivamente, a alienação dos direitos financeiros que a SAD ainda detinha do avançado hispano-brasileiro Diego Costa, que se transferiu neste defeso do Atlético de Madrid para o Chelsea.

A receita da bilheteira caiu também para cerca de metade (522 mil contra 1 milhão), mas a grande diferença tem que ver com a participação na Liga dos Campeões em 2012/13, o que trouxe cerca de 14,5 milhões de euros aos cofres minhotos, contra apenas 673 mil euros na última época na Liga Europa.

Durante o período em análise, a SAD registou 11,5 milhões de euros de mais-valias resultantes da venda de Edinho (para os turcos do Kayseri Erciyesspor), de parte dos direitos económicos de Rafa, Núrio e Pedro Tiba e do remanescendo dos direitos económicos ainda detidos de Diego Costa, e ainda 660 mil euros relativos a empréstimos de jogadores.

A SAD "arsenalista" apresenta capitais próprios na ordem dos 12,5 milhões de euros, tendo gerado um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 1,7 milhões.

O passivo aumentou oito por cento, de 22,6 milhões para 24,5 milhões, enquanto o ativo da SAD ronda os 37 milhões de euros (apenas menos um por cento do que na época passada).

O parecer do Fiscal Único da SAD minhota, Gaspar Vieira de Castro, defende que a o resultado negativo está "associado à irregularidade característica das atividades desportivas, que aconselha que o juízo sobre a gestão seja feito numa lógica plurianual", pelo que aconselha que as contas que António Salvador apresentará na sexta-feira aos acionistas sejam aprovadas.

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