Julen Lopetegui, treinador do FC Porto, não vê problemas no facto de haver um grande número de espanhóis no seio do plantel dos “dragões”. O treinador afirmou ainda que a escolha de treinadores é uma prática que transcende nacionalidades.

“Não acho que o facto de eu ser espanhol seja verdadeiramente importante. A nomeação de treinadores é uma prática internacional, mas claro que quem vem de fora tem de estar disposto a fazer parte da identidade do clube e da cultura do país”, afirmou em entrevista à “Champions Matchday”, revista da UEFA.

O técnico de 48 anos assegurou que o objetivo de um treinador é sempre “crescer e aprender” e que o fator mais motivacional é o facto de fazer “parte de algo que se constrói”.

“Como treinador, se algum dia paras de crescer e aprender, significa que a tua paixão pelo jogo acabou. Em todas as minhas funções as coisas foram muito intensas e exigentes, mas o lado bom é saber que um treinador é parte de algo que se constrói. Ainda é cedo mas estamos muito satisfeitos com a forma como os jogadores estão a evoluir. Sabemos que seguir em frente é a única opção”.

Lopetegui voltou a lembrar que a grande ambição do clube passa pela conquista da I Liga e assegurou que os “azuis e brancos” irão lutar pelo campeonato, apesar de já terem perdido alguns pontos.

“Não estamos a pensar no final de uma história que teremos ainda de escrever. O caminho para o título da Liga é muito longo, com circunstâncias desafiantes. Mas penso que estamos bem até ao momento. Ficámos frustrados com a perda de pontos, mas sabemos que ficaremos bem, que iremos lutar com todos, que seremos competitivos até ao final e que seremos campeões”, acrescentou.

No plano individual, o timoneiro basco elogiou o início de temporada de Brahimi, embora recorde que o sucesso “depende do trabalho para a equipa”.

“Brahimi está a corresponder muito bem. É um miúdo que procura sempre aprender, crescer e melhorar. Tem bastante energia e um real apetite pelo jogo. Está em grande forma e terá de continuar a trabalhar diariamente, sabendo que o sucesso depende do trabalho para a equipa. Ninguém precisa de pensar que tem de marcar três golos por jogo”, concluiu.