Um clássico é um clássico e entre FC Porto e Benfica são cada vez mais quentes. Muitas vezes mal jogados devido à grande carga emocional que estes acarretam e à preponderância que estes podem tem na conquista de um campeonato nacional. Por isso, são as estrelas que estão dentro do relvado que os resolvem. Quer se jogue bem ou mal, há sempre a possibilidade de um golpe de génio resolver a questão e arrecadar pontos para qualquer uma das duas equipas.

Chamem-lhe arte, magia ou perfume. Ninguém pode negar uma coisa. No momento do remate é preciso apenas uma coisa: inspiração. Quando a bola parte carregada de inspiração acaba por cair redondinha no fundo da baliza e, ao beijar as redes, sempre se traduzirá na alegria de uns, na angústia de outros e no pasmo da maior parte dos apreciadores do desporto-rei.

O futebol fascina, move paixões e gera emoções. Isso acontece precisamente por apenas estar ao alcance de alguns. Chamam-se predestinados e pisam a relva porque foram feitos para dar alegrias aos seus aficionados e dar “show” dentro das quatro linhas. Com o clássico entre FC Porto e Benfica à porta, o “Sapo Desporto” relembra-lhe agora os cinco melhores golos marcados no reduto portista (nas últimas 12 épocas) em confrontos com o maior rival dos “dragões”:

1 - O “mágico” Deco fez jus à alcunha que muitas vezes se gritava das bancadas do “velho” Estádio das Antas e, de livre, enviou a bola diretamente para o segundo poste da baliza à guarda de Moreira. José Mourinho era o líder do grupo e o luso-brasileiro ajudou o seu treinador a conquistar o campeonato com onze pontos de avanço em relação ao… Benfica. VEJA O GOLO (Época 2002/03, 2-1).

2 - Em 2010/11, Falcao era a cabeça de uma armada muitas vezes acompanhada ao ritmo do samba de Hulk. Desta vez foi “el tigre” o rei da selva, numa partida que ficou marcada pela maior goleada alguma vez imposta ao Benfica em casa do FC Porto. Belluschi foi um “samurai” e depois de disferir um golpe nos rins de David Luiz cruzou com conta, peso e medida para o calcanhar de Falcao que, num momento de inspiração e rapidez na reação, conseguiu esta maravilha. Só está ao alcance de alguns. São os predestinados. VEJA O GOLO (Época 2010/11, 2-0).

3 - Quatro épocas antes, Ricardo Quaresma, tido pela massa associativa portista como o “Harry Potter” não precisou de uma varinha de condão nem de um livro com fórmulas secretas para bater Quim, dono da baliza encarnada. O camisola 7 tirou o lateral Nélson do caminho com um toque de letra e cá vai disto. 2-0 para os portistas. Um remate indefensável ao qual o guardião Quim só chegaria com asas. Veremos se faz o mesmo este domingo. VEJA GOLO (Época 2006/07, 2-0).

4 - Corria a temporada 2009/10, o FC Porto não atravessava um bom momento mas Belluschi não queria saber disso. Como organizador de jogo, fazer assistências era a sua função. Contudo, o argentino não quis ficar atrás dos seus companheiros da linha ofensiva e, depois de “arrumar” Pablo Aimar da sua frente com um toque sublime, só teve olhos para a baliza. A “redondinha” ganhou um efeito curioso e “fugiu” do guarda-redes. Parecia que tinha olhos, passou por cima de Quim, desceu abruptamente e só parou quando tocou nas malhas da baliza. Até fez a baliza parecer grande! VEJA O GOLO (Época 2006/07, 3-1).

5 - Em 2011/12, o Benfica tinha futebolistas de alto calibre e Gaitán (ainda se encontra no clube) é exatamente um desses mágicos que passeiam classe pelo futebol português. Mas não era o único. Saviola, outro jogador fabuloso que vestiu a camisola das “águias” não lhe quis ficar atrás ao fazer um passe magistral, de primeira, para Nico fuzilar. O “picasso” deu cor ao jogo e um ponto à sua equipa com uma “bomba”. O esférico ainda bate na trave e só parou quando viu o marcador fixar o 2-2. Hélton nem a viu e, para ter a noção de tamanha obra, apenas com uma repetição em câmara lenta. Só com luvas de ferro chegaria àquela bola. VEJA O GOLO (Época 2011/12, 2-2).