O Sporting recebeu este domingo o Moreirense no Estádio de Alvalade, uma partida da 14.ª jornada, com o objetivo de passar o SC Braga e subir do quinto para o quarto lugar da tabela classificativa. Uma fortaleza chamada Moreirense instalou-se no relvado e defendeu a sua posição com as armas que tinha. Uma igualdade a um golo foi o resultado final.

Marco Silva, técnico leonino, não pôde contar com Nani, lesionado, e apostou numa frente de ataque composta por Slimani e Montero. A apoiar os avançados estavam Carrillo e Carlos Mané nas alas enquanto Adrien era o responsável pela organização de jogo. William Carvalho foi o elemento do meio-campo que atuou mais recuado e deu equilíbrio à equipa. Em vão, porque a turma de Alvalade acabou por perder dois pontos.

De visita estava o treinador Miguel Leal, que vem protagonizando o melhor arranque de sempre do Moreirense no principal escalão, sendo o atual 9.º classificado da liga. Como o técnico afirmou no final do jogo, a equipa trazia a “lição bem estudada” e fez o “leão” “miar” durante 91 minutos. Apostou numa equipa combativa, com Vítor Gomes, André Simões e Filipe Melo no miolo do terreno, deixando as tarefas ofensivas a cargo de Arsénio, João Pedro e Cardozo. E colheu frutos, já que o Moreirense nunca havia conseguido pontuar na jaula do “leão”.

Depois de ter apanhado um pequeno susto, logo aos dois minutos, com uma cabeçada de Arsénio, os homens da casa partiram para cima dos minhotos, mas os remates poucas vezes acertavam com a baliza. Adrien primeiro, Montero depois e Carrillo, com três tiros perigosos, foram o espelho de uma equipa que sabia qual era a baliza a alvejar, embora parecessem desconhecer as suas medidas.

O técnico da formação vimaranense fez da sua barreira defensiva uma muralha que, tal como há mais de 800 anos atrás, serviu para proteger Guimarães e defender Portugal dos espanhóis. A verdade é que a equipa sempre soube que terrenos ocupar e, mais importante, em que alturas se lançar no ataque. A formação do Minho teve mesmo oportunidade para matar o jogo, não o tendo feito por desacerto na hora de finalizar.

O Sporting, sempre mais rematador ao longo da partida, percebeu que a sorte nem sempre premeia os que mais trabalham, mas sim os mais audazes. Assim foi, quando aos 35’, Arsénio cruzou da direita, na sequência de um canto curto, e encontrou a cabeça Cardozo na pequena área. Estava feito o primeiro da partida que surgiu, como disse Marco Silva, devido a um “momento de desconcentração” da equipa.

O ritmo do jogo manteve-se elevado durante toda a primeira parte e, embora não o merecesse devido ao volume de jogo ofensivo que produziu, a formação da casa saiu para o intervalo em desvantagem. A segunda parte traria mais do mesmo não houvesse um conjunto de guerreiros destemidos dispostos a defender a sua pátria (diga-se, a baliza e o resultado) até ao apito final do árbitro e a falta de discernimento começou a crescer na formação “verde e branca”.

Já com Tanaka, Slimani, Montero e Capel na frente de ataque e depois do Moreirense ter passado por grandes momentos de aperto surgiu o golo que repôs a igualdade e a justiça no marcador, numa jogada de insistência em que a bola sobra para Montero (92’). O colombiano, com muita calma, fez a bola passar por baixo das pernas de Marafona. 1-1 e estava colocada justiça na partida, premiando tanto a coesão defensiva dos visitantes como o querer sportinguista que muito tentou mas poucas vezes acertou no alvo.