Paulo Sousa, treinador do Basileia, deixou muitos elogios ao trabalho que o Benfica tem realizado nos últimos anos, lembrando que as “águias” recuperaram o prestígio que haviam perdido nos últimos anos devido a gestões duvidosas.
“É pena que seja só o Benfica [a lutar com o FC Porto pelo título nacional], porque também o Sporting tem a dimensão necessária para entrar nessa discussão pelo trono. Depois de vários anos à deriva, orientado por lideranças sem visão, incapazes de respeitar o peso do clube, o Benfica não só resistiu ao vazio de grandes conquistas como ainda conseguiu atingir uma força que o torna temível em todos os parâmetros”, afirmou em entrevista ao “Record”.
O antigo médio explica que o grande problema do futebol luso são os dirigentes e a forma como gerem os clubes, realçando novamente o crescimento do Benfica.
“Aqui [em Portugal], como em quase tudo, o problema é das pessoas e da gestão. O clube é consistente e tem uma dimensão imensa, que lhe é dada pela história e por um apoio social incrível. Mas hoje, em função de uma liderança clara e de uma visão concreta do que pretende, tornou-se um clube consistente, moderno e com futuro”.
Paulo Sousa afirma que os “encarnados” recuperaram o estatuto que haviam perdido devido à boa orientação técnica que o clube tem na atualidade, algo que lhe tem valido títulos a nível internacional.
“O clube fez um investimento em jogadores de qualidade indiscutível, o que lhe tem permitido, à custa de uma boa orientação técnica, extrair frutos a nível nacional e também internacional. Dessa conjugação entre orientação institucional e competência técnica resultou uma grande conquista: o Benfica recuperou a grandeza do passado”.
O técnico que venceu duas Ligas dos Campeões, uma pela Juventus e outra pelo Dortmund, estendeu os elogios a Jorge Jesus, um técnico “muito competente”.
“Jorge Jesus tem-se mostrado muito firme nas suas ideias e muito competente em tudo o resto: no modo como tem valorizado os jogadores, como tem gerido as suas potencialidades e nos resultados obtidos desde que ocupa o cargo. Há hoje um equilíbrio perfeito entre a força institucional, o rumo traçado por quem conduz o clube e a liderança técnica que tem sabido tirar partido das situações favoráveis e ultrapassar as outras”, concluiu.
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