Ganhar um jogo a pensar noutro. Foi assim que o Sporting cumpriu este domingo a sua missão na visita a Arouca, uma semana antes do escaldante dérbi com o Benfica, em Alvalade. Os leões deram continuidade ao seu crescimento e somaram o sexto triunfo seguido na Liga, ao bater a formação nortenha por 1-3 no desafio desta 19ª jornada (ver resumo).

Apesar das ausências de Jefferson, Nani e Slimani, o Sporting assumiu o seu papel de candidato ao título e não deixou os créditos do jogo por equipa alheia. Com efeito, a formação de Marco Silva mostrou união, organização, atitude e inspiração q.b. para dominar o jogo com o Arouca, tendo sido sempre superior à boa réplica do adversário.

A consciência de ter obrigatoriamente de vencer para chegar ao dérbi em condições de sonhar com o título foi visível desde o primeiro minuto. Os leões entraram de forma assertiva em campo, mas deram de caras com uma equipa sólida, à qual só faltava maior acutilância. No entanto, a equipa de Pedro Emanuel soube disfarçar as suas limitações e até se lançou na frente do marcador. Uma grande penalidade convertida com sucesso por David Simão, aos 23’, deu o 1-0 e colocou o Sporting perante uma tarefa ainda mais complicada.

No entanto, o que se seguiu foi uma demonstração da ambição leonina. Sem deslumbrar, também por culpa do estado adverso do relvado, o Sporting soube ser autoritário, confiante e eficaz. E essa primeira prova de eficácia demorou apenas sete minutos a aparecer, com o golo do empate de Montero, após excelente assistência de Carlos Mané. Foi o sétimo tento do colombiano no campeonato, anulando a ausência de Slimani com sucesso.

A igualdade ao intervalo abria a perspetiva de um jogo interessante e disputado no segundo tempo, mas os leões esforçaram-se de imediato para esvaziar essa expectativa. E foi pelos pés do substituto de Nani neste jogo que nasceu o golo da reviravolta. Mané ganhou espaço sobre o flanco direito da área do Arouca e fez o cruzamento para o desvio certeiro de Carrillo, que assinou o quinto tento na competição.

Embora assumisse as suas limitações, o Arouca era também uma formação com vontade de discutir o jogo e esteve perto de o conseguir. Aos 72’, os arouquenses reclamaram mesmo grande penalidade de Jonathan sobre Kayembe – boa exibição do jovem belga do FC Porto B -, mas o árbitro assim não entendeu e mandou seguir.
De uma situação de possível empate à confirmação da vitória passaram quatro minutos, com Tobias Figueiredo a estrear-se a marcar pelo Sporting. O golo de cabeça do jovem central assinalou o 1-3 e o seu crescimento na equipa leonina, sendo agora a primeira opção ao lado de Paulo Oliveira.

Até ao apito final, a polémica ganhou o seu ‘quinhão de protagonismo’ no encontro, face às expulsões de Jonathan Silva, que falha assim o duelo com o Benfica, bem como de Augusto Inácio, pelo Sporting, e Miguel Ferreira, técnico de guarda-redes do Arouca.

Na análise ao encontro, Marco Silva abordou com satisfação o jogo com o Arouca, sem querer enfatizar em demasia a importância do dérbi. “Parece-me que o resultado é inteiramente justo, quero dar os parabéns aos nossos jogadores. Em alguns momentos, não jogando bem, tiveram uma grande atitude. [Vencer] era vital para a nossa caminhada e porque estavam três pontos em jogo. Tenho dito que é jogo a jogo e não vou alterar nada, porque não faz sentido. Só assim é que faz sentido pensar no futebol”, declarou.

Pedro Emanuel, técnico do Arouca, considerou infeliz o desfecho do jogo com o Sporting: “Foi um jogo competitivo contra um grande adversário. Penso que foi um resultado penoso para aquilo que fizemos em campo”.

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