O agente de futebol Jorge Mendes considerou hoje que Jorge Jesus “está bem referenciado” fora do país e que “se quiser sair de Portugal” para treinar um clube estrangeiro “pode fazê-lo perfeitamente”.

Na apresentação do livro “Jorge Mendes, o agente especial”, da autoria dos espanhóis Miguel Cuesta Rubio e Jonathan Sánchez, o empresário frisou, no entanto, que essa decisão cabe em primeiro lugar ao treinador do Benfica.

“[Jorge Jesus] É um treinador que se quiser sair de Portugal para treinar um clube estrangeiro pode fazê-lo perfeitamente, porque é um treinador importante, que conseguiu resultados importantes e está bem referenciado”, referiu.

E o empresário acrescentou: “Jorge Jesus gosta de estar no Benfica (…) não vos poderei dizer se irá acontecer ou não porque em primeiro lugar deverão falar com ele e ele também deverá tomar uma decisão na vida dele. Relativamente a possibilidades de treinar um clube estrangeiro, vai ter de certeza. (…) Jorge Jesus é muito bom treinador. É uma decisão normal, poderá treinar qualquer equipa, mas é uma decisão pessoal”, disse.

A apresentação do livro, que decorreu num hotel de Lisboa e à qual acorreram jogadores de vários clubes de futebol (além do próprio Jorge Jesus e do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira), Jorge Mendes refutou ainda notícias de que Cristiano Ronaldo não estaria totalmente recuperado da lesão no joelho esquerdo contraída na época passada.

“Hoje está bem. Já não tem nada a ver com aquele problema que teve no passado (…). O que ele quer é jogar já amanhã. E vai jogar da mesma forma determinada como tem feito até aqui e continuar a ser o mesmo”, disse, acrescentando que se o jogador do Real Madrid “não fosse o profissional que é”, tinha “parado muitas vezes” ao longo da sua carreira futebolística.

Aos jornalistas, Jorge Mendes manifestou “um orgulho muito grande” por ter conseguido o que consegui até hoje, realçando que o seu sucesso é resultado da forma como encara o dia-a-dia e da sua vontade de “ trabalhar cada vez mais e melhor”.

“Todos nós conseguimos fazer mais e melhor. Quando estive na tropa a maior parte dos meus amigos estão sempre a contar o tempo para ver quando se vêm embora. Se uma pessoa tem que estar 16 meses, porque tem que cumprir o serviço militar, é melhor se calhar a pessoa estar mentalizada para trabalhar e fazer o melhor que pode, porque é uma maneira também de passar o tempo. Se as pessoas fizeram exatamente o que devem fazer podem ter mais e melhores resultados”, exemplificou.

Apesar do seu sucesso, Jorge Mendes assegurou que continua a ser a mesma pessoa que começou a trabalhar muito cedo.

“Eu com 12 ou 13 anos vendia chapéus na praia com os meus pais. Não tenho vergonha nenhuma, porque era aquilo que eu fazia (…) Com 20 anos fui viver para Viana do Castelo, sempre à procura do meu espaço, sempre a tentar criar algo de novo para conseguir triunfar. Hoje sinto-me feliz, estou realizado com o que consegui até aqui. Mas continuo a mesma pessoa que era há 20 anos”, salientou.