Desde a chegada de Marco Silva, André Carrillo tem vindo a demonstrar as melhores das suas qualidades. O peruano alcançou maior consistência no seu jogo e isso tem-se comprovado com os golos que já marcou. Foram sete e está apenas a um de igualar o registo das três épocas anteriores (8).

A título de comparação, esta temporada Carrillo iniciou 22 encontros como titular, seis como suplente e marcou sete golos num total de 1794 minutos. Na época anterior, com Leonardo Jardim ao leme dos “leões”, o futebolista de 23 anos apenas contabilizou 32 partidas ao longo da época e conseguiu apenas dois golos.

Em 2012/13, o número de jogos manteve-se semelhante e Carrillo esteve presente num total de 31 encontros e fez três tentos, a sua pior época em Portugal. Curiosamente, um ano antes, na sua temporada de estreia em Portugal, o internacional peruano fez 46 jogos (21 deles como suplente) e marcou três golos.

Durante esta época, o jogador natural de Lima, é o terceiro melhor marcador da equipa no campeonato (cinco golos) atrás de Slimani e Montero (com sete tentos cada um) e apresenta uma média de 0,25 golos por jogo nas competições internas. No contexto geral, Carrillo apenas desce uma posição, sendo ultrapassado por Nani (contabiliza mais um golo).

O extremo tem sido titular nos últimos dez encontros consecutivos e contribuiu de forma preponderante para desbloquear algumas partidas em que o Sporting sentiu dificuldades para alvejar as balizas contrárias e virar o resultado a seu favor (vitória sobre o Boavista por 3-1 é exemplo disso mesmo).

Os dribles estonteantes e os golos de Carrillo têm feito a cabeça em água aos adversários e, com o dérbi de Lisboa ai à porta, o peruano ganha maior importância numa encontro que poderá lançar de novo os sportinguistas no trilho do título.

Europa já está de olho nele

O avançado está mais solto e apresenta outros níveis de confiança na abordagem aos lances, daí que comece a dar nas vistas. O Newcastle, nesta reabertura do mercado, poderá ter apresentado uma proposta de 10 milhões de euros, quantia prontamente rejeitada pelos sportinguistas.

Carrillo tem uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, valor que os “leões” exigiram ao clube britânico, uma vez que o clube de Alvalade apenas tem metade do passe do sul-americano. A intenção era dificultar as negociações para o Sporting ganhar tempo e negociar uma melhoria de contrato com jogador, assim como adquirir o seu passe.

A primeira abordagem feita pelos dirigentes do Sporting resultou numa nega do futebolista, uma vez que os valores salariais apresentados não condiziam com o valor da nova cláusula de rescisão (45 ou 60 milhões de euros). Os responsáveis leoninos pretendem continuar a negociar com os representantes do atleta e fechar o acordo até ao verão.

Além disso, querem comprar os restantes 50% do seu passe à Leiston Holding, empresa que é propriedade de Pini Zahavi. A operação não se afigura fácil, uma vez que o empresário israelita não se quer desfazer da sua percentagem pois poderá amealhar uma futura mais-valia com a transferência de Carrillo.