António Simões e Paulo de Andrade estão contra a "guerra" de palavras entre Benfica e Sporting. O antigo craque do Benfica elogia a postura de Luís Filipe Vieira mas pede maior contenção verbal ao presidente das "águias".

"É muito importante que os dirigentes, nomeadamente os presidentes, sigam o bom exemplo dos jogadores, dos treinadores e dos árbitros. Todos evoluíram e se respeitam. Há gente boa no futebol, revejo-me em alguns presidentes muito interessantes, revejo-me no meu presidente mas não tenho simpatia pelo que está a acontecer", disse o antigo jogador do Benfica, em declarações a Rádio Renascença.

Para António Simões, não faz qualquer sentido a troca de palavras entre Benfica e Sporting, já que só prejudica o futebol.

"É importante que se sentem e falem e percebam que o produto que vendem é o mesmo. É muito importante afastar o mal-estar e a violência verbal que nos últimos anos têm vindo a prejudicar o futebol", atirou.

Do lado do Sporting foi Paulo de Andrade a lamentar a "guerra" entre os dois rivais da Segunda Circular. O antigo administrador da SAD do Sporting, condena a atuação de João Gabriel, diretor de comunicação dos "encarnados", que classificou de folclore os comunicados do Sporting a condenar o comportamento dos adeptos do Benfica.

"É altura de parar com tudo isto, é lamentável tudo o que aconteceu. No mundo do desporto tem que haver bom senso. Havia a necessidade de uma decisão clara do presidente do Benfica logo a seguir ao que aconteceu no futsal e isso não sucedeu. Depois foram as tochas atiradas e voltou a não haver reação. Tudo isto originou reações e contra reações", sublinhou Paulo de Andrade, que pede a intervenção do Governo.

"Temos é de lutar dentro do campo e não andarmos com estas guerras e estes incêndios constantes. Não acredito que o Ministério Público não esteja a procurar esclarecer a situação, porque as imagens passaram na televisão", notou, em declarações à Renascença.