Luís Duque admitiu hoje que a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) deverá terminar a temporada com um saldo negativo perto dos seis milhões de euros, porque a época 2014/15 vai prejudicar as contas que já eram negativas.

O presidente da Liga de clubes esclareceu, no final do Conselho de Presidentes e da Assembleia-geral do organismo, no Porto, que "este ano o saldo poderá ser negativo, perto de um milhão de euros", admitindo, por isso, que "será necessário tomar medidas para recuperar financeiramente a Liga".

Mesmo assim, o presidente do organismo garantiu que está "mais otimista do que há quatro meses" e descartou a possibilidade de agir judicialmente contra Mário Figueiredo, anterior presidente.

"Não é o que nos interessa nesta altura. Ele esteve cá porque foi eleito", disse.

Entretanto, os clubes presentes votaram positivamente para a inclusão no orçamento da Liga do resultado líquido da exploração comercial e publicitária, bem como das receitas advenientes dos direitos de transmissão televisiva, da edição 2014/15 da Taça da Liga.

Além disso, não foram apresentados a votação os Relatórios e Contas das temporadas de 2012/13 e 2013/14 da Liga. Esse ponto estava incluído na ordem de trabalhos, mas ficou adiado para uma futura Assembleia-Geral. Luís Duque explicou que foram apenas "questões técnicas" que levaram a esse adiamento.

O presidente admitiu ainda que as Ligas profissionais podem voltar a ser reduzidas, sobretudo a II Liga, e a Taça da Liga deve ver o seu formato revisto, esclarecendo que os clubes estão a estudar estas medidas como forma de ajudar na diminuição das despesas da Liga de clubes.

"Há abertura dos clubes para redução dos quadros competitivos. Posso até dizer que os clubes da II Liga já manifestaram intenção de reduzir o campeonato em dois clubes", esclareceu.

No que diz respeito à Taça da Liga, Duque referiu que o seu "modelo competitivo também deve ser alterado, mas sempre sem alterar a sua visibilidade".

"O nosso quadro perde competitividade por ser tão alargado. Vamos ponderar se é possível continuar assim", finalizou.