O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, considerou hoje que a morte do realizador Manoel de Oliveira "corresponde ao desaparecimento de uma figura ímpar na sociedade contemporânea".

"Ninguém soube interpretar tão bem a ideia de ‘Portugalidade’ e de um certo sentir e ser português. O cinema e as culturas portuguesa e mundial estão hoje muito mais pobres", refere Fernando Gomes numa mensagem deixada na página oficial da FPF na internet.

O dirigente federativo realça que o exemplo de Manoel de Oliveira deve ser seguido e recordado por todos, para que possa ser prosseguida "a sua luta pela liberdade criativa", lembrando ainda "a sua energia, incessante curiosidade, paixão pelo trabalho, abertura às novas gerações e enorme vontade de viver".

O realizador português Manoel de Oliveira morreu hoje aos 106 anos, no Porto.

Manoel Cândido Pinto de Oliveira, nascido a 11 de Dezembro de 1908, no Porto, era o mais velho realizador do mundo em atividade.

O último filme do cineasta foi a curta-metragem "O velho do Restelo", "uma reflexão sobre a Humanidade", estreada em dezembro passado, por ocasião do 106.º aniversário.