José Magalhães, o empresário de Matosinhos agredido por um agente da PSP no final do V.Guimarães-Benfica, negou por completo que tenha insultado e cuspido na cara do agente em questão, desmentindo assim o auto da detenção.

"Insulto e cuspidela? Fico muito preocupado com essas afirmações, porque temos na imagem da PSP alguém que nos defende e que olha pelos nossos interesses", disse o adepto em declarações à imprensa à porta do tribunal de Guimarães.

José Magalhães deu então a sua versão dos acontecimentos: "Após o festejo do campeonato no interior do estádio e com a equipa a recolher aos balneários dirigimo-nos às portas de saída para virmos embora e as portas estavam fechadas. Não foi possível para mim aguentar mais tempo porque tinha comigo um miúdo de 9 anos".

"Preocupado com aquela situação, ao fim de 30 ou 40 minutos tentei chegar à porta de acesso para sair. Cheguei à porta e quatro agentes permitiram a nossa saída. Posteriormente saiu o meu pai e dirigimo-nos para um muro à saída do estádio", prosseguiu.

"O agente dirigiu-se depois a mim a perguntar-me o que se tinha passado. Eu expliquei-lhe e enquanto gesticulava dei por ele a agredir-me com bastonadas. Ele perguntou-me o que estava ali a fazer e porque é que vinha com os miúdos ao futebol. Mas eu não posso vir a uma festa com os miúdos?", questionou.

"Não insultei o agente, só lhe estava a explicar porque é que tinhamos saído do estádio. Cuspidela? Não, é completamente falso", garantiu.

"Inquérito do MAI? O que acho é que estamos a falar de um oficial e temos de ter alguém que nos defenda. Só quero divulgar o que aconteceu de facto e que as autoridades competentes façam o que têm de fazer".

"Se irei voltar ao futebol? O meu filho joga futebol no Leixões e a primeira coisa que ele me disse depois do incidente foi que já não quer ser jogador de futebol", lamentou José Magalhães.