O ex-presidente do Sporting Godinho Lopes considerou esta segunda-feira que a auditoria às contas do clube lisboeta, que apontou para “graves irregularidades” durante a sua gestão, resulta de “mentiras e omissões propositadas com o objetivo de distorcer a verdade”.

“[...] Nenhuma verdadeira auditoria manchará o meu nome. Erros todos cometemos. Quem decide sujeita-se a cometê-los”, escreve Godinho Lopes, em comunicado dirigido aos sócios ‘leoninos’, publicado hoje nos jornais desportivos A Bola, O Jogo e Record, um dia após a sua expulsão de associado.

O ex-presidente do Sporting indica que irá desencadear um processo de consulta e inquirição, na sequência do qual espera encontrar “o arquivo de milhares de folhas organizadas em pastas” que deixou em 2003, referente ao período em que desempenhou as funções de vice-presidente para o património.

“Lá está a prova de que todo o trabalho de consulta, adjudicação e execução foi feito com profissionalismo. [...] Foi isso também que fizeram os técnicos contratados pelo Sporting e respetivas empresas de fiscalização”, acrescenta o comunicado.

Godinho Lopes acredita que será reintegrado como sócio do Sporting quando “for reposta a verdade”, criticando a “baixeza” do Conselho Fiscal e Disciplinar do clube, que acusou de falta de profissionalismo e de apenas pretender “agradar à direção”, presidida por Bruno de Carvalho.

“[...] Só com má-fé e falta de caráter é que não quiseram admitir que, ao não consultarem os visados durante 19 meses de ‘suposta auditoria’ e em sete meses de inquérito, não procederam com a correção que o lugar merece”, argumentou.

O ex-dirigente foi expulso de sócio do Sporting devido a “infrações disciplinares muito graves para a imagem e património” do clube, anunciou no domingo, em comunicado, o Conselho Fiscal e Disciplinar, que também suspendeu Luís Duque por um ano.

Godinho Lopes, que liderou o emblema lisboeta entre 2011 e 2013, deixou de ter qualquer ligação ao Sporting depois de ter quebrado “a relação de confiança que qualquer sócio merece ter por parte do clube, no caso com a agravante de se tratar do seu dirigente máximo”.

A decisão foi tomada a 25 de junho e Godinho Lopes foi notificado no dia seguinte, através de correio eletrónico.