O Vitória de Setúbal considera que o Gil Vicente atuou de “forma leviana e tonta” no recurso contra a inscrição dos sadinos na I Liga e que esta quinta-feira foi recusado pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol.

Em comunicado, Fernando Dias, advogado da SAD do Vitória de Setúbal, que apresentou a oposição ao recurso do conjunto de Barcelos, encara com naturalidade o desfecho do caso.

"O Conselho de Justiça deu razão ao Vitória no que aos vícios processuais diz respeito e vem comprovar a leviandade do Gil Vicente na condução deste processo", considerou.

No acórdão hoje divulgado, o CJ refere que nem sequer chegou a julgar os argumentos dos gilistas, por estes não terem feito o pagamento necessário num processo como este, que tem de ser feito no mesmo momento em que é apresentado o recurso.

"Diz a Lei que com a apresentação do recurso é obrigatória a apresentação do comprovativo do pagamento do preparo inicial. O Gil Vicente começou por enviar um faxe e um email com as alegações do recurso e a cópia de um cheque, alegadamente para pagamento dos preparos. Mais tarde, entregou os originais. Ora, o que faz prova do pagamento é o envio do comprovativo de depósito ou transferência bancária que ateste que o pagamento está feito", lembrou o jurista.

Fernando Dias frisou que a "o Conselho de Justiça considerou que o pagamento não foi feito quando devia e, como tal, o processo caiu por um erro processual".

"Gostava ainda de saber se se tratou de um erro de um colega, o que é sempre de lamentar, se de dificuldades do Gil Vicente em cumprir as obrigações. O Vitória de Setúbal ficaria muito mais feliz com uma vitória por mérito do que na secretaria", afiançou.

Recorde-se que o Gil Vicente tinha pedido que o Vitória de Setúbal e Boavista não fossem aceites na I Liga, por terem dívidas ao Estado, contudo, "com a apresentação do recurso, a 02-07-2015, através de fax, não foi depositado o preparo inicial, sendo apenas apresentada uma cópia de um cheque, que não constitui depósito do valor do preparo".