Os brasileiros continuam a ser o maior contingente lusófono na I Liga portuguesa de futebol, com mais de uma centena de atletas, com Cabo Verde a ser o segundo país mais representado.

O primeiro escalão do futebol luso continua a falar um português com ‘sotaque brasileiro’, com as 18 equipas da I Liga a terem entre 117 jogadores vindos do outro lado do Atlântico, com o Sporting de Braga a ser o mais ‘canarinho’, com 12 brasileiros, mais um do que o Estoril-Praia.

Cabo Verde tem sete jogadores no campeonato português, Guiné-Bissau e Moçambique têm três e Angola um.

O Belenenses, cem por cento português, é a única equipa sem brasileiros, tendo apenas no seu plantel Abel Camará, avançado nascido em Portugal, mas que tem também nacionalidade da Guiné-Bissau.

Os ‘três grandes’, com 16 brasileiros entre si, não têm jogadores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), embora tenham vários atletas com origens africanas e dupla nacionalidade, com o Benfica a ter no plantel Nelson Semedo, de ascendência cabo-verdiana.

No FC Porto, Hernâni, Varela e Ricardo Pereira são descendentes de cabo-verdianos, enquanto Danilo Pereira nasceu na Guiné-Bissau, mas já atuou pela seleção portuguesa.

Situação idêntica à do ‘trinco’ do FC Porto tem William Carvalho, que nasceu em Angola, mas é presença habitual na ‘equipa das quinas’, com Gelson Martins é natural da Praia, em Cabo Verde, e é internacional pelas camadas jovens portuguesas.

Ricardo Gomes (Vitória Guimarães), Héldon (Rio Ave), Diney (Marítimo), Patrick (Moreirense), Nilson e Kisley (União da Madeira), Kevin Sousa (Nacional) e Ricardo (Paços de Ferreira) são os cabo-verdianos presentes na I Liga.

O avançado Dolly Menga, do Tondela, é, neste momento, o único futebolista angolano a atuar no campeonato português, tendo no companheiro João Lamine Jaquité um dos guineenses inscritos, juntamente com Ivanildo e Cícero, que, apesar de terem atuado nas camadas jovens portuguesas, são internacionais pela Guiné-Bissau.

Os três moçambicanos presentes na I Liga jogam na Madeira, com o Nacional a ter no seu plantel Zainadine e Witi, enquanto Ricardo Campos, nascido em Portugal, mas internacional pelos ‘mambas’, atua no União da Madeira.

Vários jogadores da I Liga têm dupla nacionalidade (portuguesa e de um PALOP), alguns dos quais já atuaram pelas camadas jovens das seleções portuguesas.