Mais uma exibição do FC Porto que não voltou a convencer os adeptos, quase 41 mil, que compareceram ao Estádio do Dragão. O que vale são os três pontos conquistados mas a nata consistente azul e branca ainda não está bem batida.

O triunfo por 2-0 diante do Estoril na terceira jornada conseguiu mascarar algumas fragilidades da equipa portista. Mas até quando? O treinador espanhol bem precisa de olhar rapidamente para os ingredientes que tem no Olival para conseguir uma receita de sucesso para a nova época, porque sem ovos não se faz uma omeleta…

É verdade que saíram muitos jogadores e entraram outros tantos, mas o FC Porto tem menos desculpas do que no ano passado para não conseguir alcançar bons resultados e boas exibições.

Julen Lopetegui, que refutou a ideia de o FC Porto ter jogado mal, decidiu apostar em Martins Indi como lateral esquerdo na defesa. Brahimi jogou no meio-campo, como o novo 'número 10', deixando o corredor de ataque para Cristian Tello, que regressou assim ao onze titular. Herrera começou no banco de suplentes, mas entrou no segundo tempo.

Os Dragões entraram dominadores na partida e, aos sete minutos, já estavam a vencer. Após um excelente trabalho individual de Brahimi dentro da área do Estoril, o argelino não foi egoísta e passou a Aboubakar, que fez o primeiro da partida.

Foram dez minutos a bom ritmo por parte dos Dragões, mas depois tiraram o pé de acelerador. Silvestre Varela foi que o mais desacelerou, com decisões muito erradas e lento no jogo coletivo. Lopetegui tirou o extremo do campo, entrando André André para o seu lugar.

Do lado do Estoril, que entrou um pouco desorientado no encontro, até conseguiu equilibrar a partida depois do golo de Aboubakar, contando com um par de boas oportunidades para empatar, como esta de Dieguinho.

Ao intervalo, o FC Porto vencia pela margem mínima, mas o exigente público do Dragão pedia mais. Mais atitude por parte dos homens vestidos de azul e branco no segundo tempo.

Em desvantagem, e perante um FC Porto adormecido, a equipa visitante tentou de tudo para chegar ao empate no início da segunda parte. O público no Dragão continuava descontente com a exibição dos azuis e brancos.

Mas, aos 62 minutos, o central brasileiro Maicon sossegou o Estádio do Dragão. Na sequência de um livre direto, impecavelmente executado, o capitão portista aumentou a vantagem. Kieszek ainda se esticou para lá chegar, mas sem sucesso.

Com esta vitória, o FC Porto assume provisoriamente a liderança da I Liga com sete pontos, ficando à espera do que fará o Arouca, Boavista, Sporting e Paços de Ferreira, todos com quatro pontos, mas com um jogo a menos.

Quanto ao Estoril é esperar por dias melhores, até porque em três jornadas já recebeu dois candidatos ao título. E segue-se o SC Braga.