O financiamento ao desporto português baixou perto de cinco milhões de euros no ciclo 2011-2014, no qual aumentou o número de praticantes, mas baixaram o de clubes e da globalidade dos agentes desportivos.

Segundo dados do Governo, o desporto nacional perdeu 4.747.730 euros (38.180.237 euros para 33.432.507), números refletidos na diminuição de desportistas seniores, árbitros/juízes e dirigentes, embora o número de medalhas internacionais tenha subido.

Apesar de ter aumentado 134 em número, de 311 para 445 pódios, a verdade é que não é possível, pelos dados estatísticos do desporto, hoje apresentados, discernir as que realmente refletem a vitalidade nacional, por estarem incluídos resultados em Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Europeus e Mundiais, mas também Universíadas, Festivais Olímpicos da Juventude, Jogos Mundiais, Surdolímpicos, Jogos da CPLP e da Lusofonia.

Segundo o documento, os números de 2014 beneficiam ainda das 50 medalhas obtidas nos Jogos da Lusofonia Goa2014, inicialmente previstos para 2013, mas que por questões logísticas foram adiados para este ano.

As medalhas de disciplinas não olímpicas cresceram em 71 para 333.

Em termos gerais, os números revelam o declínio no número de clubes em 407 para os 10.455, os treinadores baixaram 1.382 para os 18.366, tal como os árbitros em 2.084 para os 13.359 e os dirigentes em 3.037 para os 36.457.

Ainda assim, os praticantes totais aumentaram 23.180 (523.168 para 546.348), sendo esse número refletido essencialmente nos 22.584 até à idade de júnior, fixados entretanto em 321.204.

Os seniores baixaram 7.734 para 136.918, em contraciclo com as desportistas femininas que aumentaram 10.097 para 141.725 e dos veteranos que cresceram 11.277 para 41.374.

Em termos de representatividade dos desportistas, as cinco maiores federações são o futebol (158.738 praticantes), andebol (50.114), voleibol (43.076), basquetebol (35.590) e campismo e montanhismo (32.585).