O Presidente do Sindicato de Jogadores de Futebol Profissional (SJFP), Joaquim Evangelista, considera que a debilidade do futebol português é suscetível ao arranjo de resultados desportivos e explica porquê.

“Os jogadores que não recebem o seu salário a tempo e horas estão numa posição mais vulnerável para aceitarem dinheiro para o arranjo de resultados, assim como os dirigentes que têm dívidas e precisam de fazer face à sua gestão desportiva, abrem a porta a pessoas desconhecidades que trazem dinheiro não se sabendo a sua origem”, denunciou o dirigente, à margem da apresentação do livro “Aposta Suja” escrito por Luís Aguilar.

Evangelista reiterou ainda a fragilidade existente na legislação para o licenciamento dos clubes, que permite ainda que muitos contornem esta questão.

“Apesar de haver mecanismos de controlo, os clubes continuam a saber contorná-los. Já disse que os mecanismos de licenciamento não é eficaz, já o disse ao novo presidente da Liga. Espero que haja vontade não só desportiva e regulamentar, mas também legislativa para erradicar esse problema”, atirou.

O dirigente refere que é preciso tomar medidas e não colocar este problema para debaixo do tapete como senão existisse em Portugal.

Sobre o caso Carrillo, o presidente do sindicato não se quis pronunciar, afirmando apenas que o jogador não pediu qualquer ajuda ao organismo que dirige.