O presidente do Boavista, João Loureiro, disse hoje que "a entrada de capitais" no clube e na SAD poderia permitir "pagar antecipadamente a dívida ou pelo menos uma parte da dívida".

O dirigente falava à margem do primeiro treino que a equipa principal de futebol efetuou num pequeno relvado criado junto ao campo secundário, no complexo do estádio do Bessa, no Porto.

"Aproveitámos uma zona desocupada para dar apoio aos treinados da equipa principal", explicou João Loureiro, que disse ainda discordar das críticas do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, à arbitragem do jogo entre o Boavista e os 'leões' no sábado (0-0).

O líder 'axadrezado' afirmou que, por si só, o novo relvado "não é suficiente" para os treinos de uma equipa de futebol sénior como a do Boavista. "Vamos ter que continuar a fazer algum trabalho fora do estádio do Bessa", acrescentou.

O Boavista treina com frequência no Estádio Municipal da Maia, queixando-se de que não tem igual apoio da autarquia portuense.

"A nossa maior prioridade terá que ser ir cumprindo os compromissos, porque só assim poderemos continuar esta senda de crescimento sustentado", salientou, referindo que tal tarefa será mais demorada se for executada exclusivamente com recursos próprios.

João Loureiro afirmou depois que a consolidação desportiva do Boavista poderá ser mais rápida através de "uma parceria com algum grupo investidor".

Recorde-se que o clube evitou a insolvência através de um PER (Processo Especial de Revitalização). Segundo relatório e contas aprovado no mês passado e relativo ao período entre 1 de janeiro de 2014 e 30 de junho, "já pagou um valor global de cerca de 760.000 euros até ao presente momento" por via desse instrumento.

Igualmente em situação financeira delicada, a SAD aderiu a um dispositivo similar, o SIREVE (Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial) e através dele já pagou só ao Estado, até esta altura, "cerca de 1.280.000 euros" em prestações.

Segundo disse João Loureiro, o Boavista tem "12 anos e meio" para pagar a sua dívida e ainda só passaram dois.

"A nossa ideia é tentar, dentro dos possíveis, encurtar esse prazo através da atração de capitais. Pode ser através da transferência de jogadores ou de parcerias, o que só poderá acontecer se tivermos a nossa vida bastante consolidada e nos credibilizarmos, como penso que temos feito ao longo deste período", realçou ainda o dirigente

João Loureiro garantiu que, sobre isso, não há "nada de concreto".

"Não posso dizer que estejamos à procura, mas naturalmente estamos abertos a todo o tipo de contatos", reforçou

Reafirmou, por outro lado, que o Boavista reclamou "uma compensação" junto da Federação Portuguesa de futebol por causa da despromoção à II Liga e das perdas sofridas pelos seis anos passados nas divisões secundárias.

Há "uma ação em curso no tribunal", assinalou, referindo, porém, esperar que a negociação com a Federação termine com uma acordo "que seja agradável para ambas as partes

Instado a pronunciar-se sobre as críticas de Bruno Carvalho ao trabalho do árbitro Artur Soares Dias no jogo Boavista-Sporting, sábado passado, João Loureiro respondeu: "Não concordo minimamente com muito do que foi dito, mas não vou polemizar."

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