O presidente do Sporting Clube de Portugal esteve em destaque esta sexta-feira numa longa entrevista ao Económico TV, onde falou da realidade do clube leonino a nível interno e ao nível do estrangeiro.

Em declarações ao referido canal de televisão, Bruno de Carvalho falou dos seus projetos para o clube de Alvalade e das ambições que tem para recolocar os leões na rota dos títulos. Questionado sobre a projeção para o exterior que deseja para o Sporting, o líder dos leões foi incisivo.

"Demonstrei a toda a gente, aos economistas, gestores ou sabichões do futebol, provei que era possível. O que não é possível é olhar para o mundo do futebol e vê-lo como perfeito, nem a vida pessoal é perfeita, mas pode ser muito melhor. Recordo-lhe que foi a partir de Portugal, de um presidente de um clube de Portugal, que se deu o ínicio do fim dos fundos no futebol. O que significa que é, afinal, possível mudar o Mundo. Se calhar nem tanto, mas é possível. Se sairmos de Portugal - porque parte da comunicação social de cá tudo o que é feito pelo presidente do Sporting e pelo Sporting é abafado -, em Inglaterra ou França não há ninguém que não fale do Sporting e do seu presidente. Porque nós aqui estamos num país de hipocrisias", atirou Bruno de Carvalho, que revelou inspirar-se em Pinheiro de Azevedo, seu tio-avô, que foi primeiro-ministro português.

"Não quero ter nada a ver com a política. A minha cadeira de sonho é esta. Sigo e tenho as minhas opiniões. Não tem só a ver com estilo e garra. Também era extremamente eficaz, muito pouco dado a hipocrisias. As pessoas devem ser naturais, não devemos ultrapassar limites. Pessoalmente sou uma pessoa direta, pouco dada a grandes conversas retóricas. Choco muito as pessoas. Quem não me conhece, acha que não tenho tenho atitude e perfil de presidente de clube, porque gosto de estar no banco, porque não me importo de defender o Sporting em programas de televisão, nem de dizer frases polémicas - algo que é necessário, por vezes, para levantar temas", atirou o presidente do Sporting.