O presidente do Sporting não desarma no ataque cerrado ao Benfica e volta a exigir a descida de divisão do Benfica devido às alegadas ofertas de 'vouchers' de refeição a árbitros no final dos jogos.

Em entrevista ao diário Record, o líder leonino garante que já falou do assunto com Pedro Proença e afirmou que é um assunto que 'queima'.

"Já tive a oportunidade de dizer ao Pedro Proença o que achava. Ele agora é presidente da Liga. Tem de se afastar das questões da arbitragem. Seja como for, não se pode afastar dos interesses dos clubes. Considero o que ele disse como uma frase infeliz, porque as caixas não são um ‘fait divers’. Tem de ter posição clara pela modernização do futebol português. Entendo que este é um assunto que ‘queima’, mas temos de ter a coragem de dizer que estes comportamentos não são corretos. E quando acontecem, devem ser punidos. Se, em Itália, a Juventus desceu de divisão, por que é que aqui isso não acontece?", afirmou Bruno de Carvalho.

Questionado sobre as diferenças estratégicas de estar sentado no banco em vez de estar 'blindado' na tribuna presidencial, Bruno de Carvalho afirma que quantas mais vezes o expulsarem mais 'gás' ganha.

Quando estou no banco, estou como delegado; não estou como presidente. A única coisa que aceito é que me castiguem enquanto delegado. Vejo um ‘vermelho’? Expulsam o delegado, mas jamais vão calar o presidente! Quero ver quem é a pessoa que me cala... Sou dirigente porque fui eleito. Tenho, por isso toda a liberdade para exercer este papel. Ponto. O que acontece? Mais uma vez, a tal falta de visão estratégica. A vontade de me tirarem dali é tão grande, que mais vontade tenho de lá ficar. Lá está outra vez a visão estúpida. Atacam o Jorge [Jesus] e ele fica com mais gás; atacam-me a mim, e eu fico com mais gás; querem tirar-me do banco e eu mais vontade tenho de lá ficar. Portanto… não há dúvida nenhuma de que ao fim de quase 3 anos as pessoas continuam a insistir nos mesmos erros. Já devo ter dezenas de processos. Vou continuar a denunciar o que tiver para denunciar, mesmo percebendo que as instâncias nada fazem. Já denunciei coisas com muita gravidade e os processos têm dado zero. O processo em que o presidente do Benfica me convida para fazer uma aliança e em que ganhava um, ganhava o outro [o campeonato]: zero. A contratação do Brahimi: nada. Mostrei a situação das caixas: toda a gente condena na surdina, mas vamos ver o que vai dar.