Jonas foi o único que viu a Luz na receção ao Rio Ave. O avançado brasileiro foi o protagonista de um filme em que valeu a perseverança do Benfica frente a um estoico Rio Ave.

O tempo passava no estádio e os quase 50 mil espectadores no estádio da Luz assobiavam em coro em jeito de antevisão daquele que poderia ser mais um empate da equipa “encarnada”. Faltavam 15 minutos para o fim e Rui Vitória já tinha refrescado a linha avançada, lançando Raul Jiménez para o lugar de Mitroglou que não estava nos seus dias.

Mas voltemos ao início da história. O Benfica entrou com vontade de resolver rapidamente e dar uma pequena prenda de natal aos adeptos, fechando o ano de 2015 para o campeonato a vencer em casa. O golo madrugador de Jonas, depois de uma assistência primorosa de Pizzi parecia ser o mote para uma tarde tranquila e de goleada à antiga. Não foi.

O Rio Ave ao contrário do que seria de esperar não se vergou com o golo. Aos 14 minutos, depois de uma falta cometida à entrada da área por Lisandro, Bressan fez um golo de levantar um estádio. Na transformação de um livre, o pontapé colocadíssimo do jogador vilacondense não deu hipóteses a Júlio César. Até ao fim da primeira parte mais uma oportunidade para cada um dos lados. Primeiro num remate de Pizzi, valeu Cássio a negar o tento. Depois foi Lisandro quase a fazer autogolo, depois de uma saída em falso de Júlio César.

Na segunda parte continuou a ver-se um Benfica desinspirado e incapaz de encontrar soluções. A equipa estava como que enredada na sólida estratégia defensiva montada pelo técnico Pedro Martins. A solução passou pelo remate de meia distância, já que os donos da casa dificilmente conseguiam penetrar na área.
O jogo acabou por ser resolvido a partir do banco. As entradas de Carcela e Jiménez permitiram uma maior verticalidade e acutilância no ataque “encarnado”. Foi através de uma assistência do internacional marroquino que Jonas desbloqueou a situação (81 minutos) com um golpe de cabeça, quando as bancadas da Luz já desesperavam.

Dois minutos volvidos e foi Jiménez a matar o jogo. O avançado brasileiro serviu o mexicano que não perdoou perante Cássio (Jonas foi mesmo o melhor em campo, com dois golos e uma assistência para golo). Depois do empate a meio da semana frente ao União da Madeira, o Benfica voltou às vitórias na I Liga.