O Vitória de Setúbal, atual nono classificado da I Liga portuguesa de futebol, renovou hoje contrato com o treinador Quim Machado por uma época desportiva.

A trabalhar no clube desde o início da temporada, o técnico fica agora vinculado aos sadinos até 2017.

Após assinar, o treinador, de 49 anos, agradeceu a "confiança" depositada pela direção presidida por Fernando Oliveira e revelou o seu agrado pelo desfecho "fácil e rápido" da negociação.

Ao explicar as razões pelas quais continua em Setúbal, Quim Machado foi perentório.: "O projeto é interessante e não é fácil. Gosto de projetos difíceis. Claro que penso chegar um dia a um patamar diferente, mas tudo tem o seu tempo. Treinar o Vitória é extremamente aliciante".

O timoneiro dos sadinos revelou ainda o desejo de melhorar a prestação da equipa, nona classificada, na segunda volta da competição.

"Temos de andar nos lugares que ocupamos atualmente. Somos uma equipa técnica jovem e com muita competência. O caminho é longo, mas temos sempre os olhos postos do meio da tabela para cima", assegurou.

O presidente Fernando Oliveira mostrou total sintonia com Quim Machado, não hesitando em apontar as mais-valias do técnico.

"É jovem, ambicioso e integrou na perfeição o espírito vitoriano, devolvendo à massa associativa o prazer de ver o seu clube jogar. Em pouco tempo, mostrou uma ambição inigualável. Com esta renovação, o Vitória pode alimentar esperanças em ser maior", disse.

O dirigente não hesitou em afirmar que administração e equipa técnica estão de acordo no caminho a seguir.

"Vamos continuar a apostar em jogadores oriundos da nossa formação e de escalões inferiores. Sem receio, o nosso técnico nunca exigiu jogadores consagrados, pelo contrário, trabalha os que tem e obtém resultados", vincou.

Refira-se que além do treinador Quim Machado, o Vitória de Setúbal renovou, por um ano, o vínculo com os adjuntos Tiago Oliveira, Nuno Pimentel, Carlos Ribeiro e Paulo André Oliveira.

À margem da renovação com o treinador, o presidente Fernando Oliveira manifestou a sua insatisfação pela arbitragem de Cosme Machado, da Associação de Futebol de Braga, na jornada anterior em Paços de Ferreira (derrota sadina, por 2-1).

"Gostaria que o senhor Vítor Pereira tivesse mais cuidado nas nomeações e não indicasse um árbitro que é vizinho lá da terra e que, certamente, se sentiria mal se prejudicasse o Paços de Ferreira", criticou.

Em causa está o lance em que o juiz exibiu um cartão amarelo ao jogador Romeu por entrada dura sobre o sadino Costinha.

"O nosso jogador foi barbaramente ceifado nas ‘barbas’ do árbitro, que ignorou a gravidade da falta. Foi mau de mais. Uma expulsão era pouco. A decisão prejudicou-nos porque, se tivesse ajuizado corretamente, ficaríamos em vantagem numérica ainda no primeiro tempo".