As acusações de Bruno de Carvalho a André Carrillo e ao seu empresário não passaram despercebidas no Peru, com o próprio presidente do Sindicato de Jogadores peruanos a reagir com vigor contra a postura que o presidente do Sporting C. Portugal evidenciou em todo o processo de renovação do extremo, que acabou por rumar ao rival Benfica.
Em declarações à Antena 1, John Baldovino, presidente do Sindicato de Jogadores do Peru, mostrou-se perplexo com o teor das constantes declarações de Bruno de Carvalho sobre Carrillo.
"O presidente do Sporting é mau perdedor, não tem moral nem ética. Anda a ameaçar publicamente um futebolista, nunca vi nada assim. Fala muito de um mundo desenvolvido, mas na verdade parece que vive na época das cavernas, no tempo em que as máfias faziam o que queriam. Ele está muito enganado, a Federação e a Liga devem castigá-lo e deverá ser responsabilizado se alguma coisa acontecer a André Carrillo", afirmou John Baldovino à rádio Antena 1.
Questionado sobre as declarações de Bruno de Carvalho sobre André Carrillo, que para o líder leonino seria um ilustre desconhecido se não tivesse passado pelo Sporting, o presidente do Sindicato dos Jogadores do Peru classificou o presidente leonino de 'ignorante' e garantiu que no seu país os jogadores são valorizados e bem pagos pelos clubes.
"É impossível! É uma figura ao nível de Farfán, Paolo Guerrero ou Claudio Pizarro. É um absurdo. Carrillo, ainda há pouco tempo, era um dos melhores jogadores jovens do Peru, país onde os profissionais são respeitados e onde não se ganha pouco. Só para se ter uma ideia da ignorância do presidente do Sporting, aqui alguns jogadores ganham cerca de 40 mil dólares por mês. Vão jogar para a Europa, inclusive para Portugal, por muito menos, simplesmente porque é uma montra", atirou John Baldovino.
"O jogador não é um escravo, tem todo o direito de olhar para o seu futuro e da sua família. Se as pessoas vão atrás das declarações do presidente do Sporting estão erradas, então estamos na época das cavernas", acrescentou o dirigente peruano.
"O Sporting queria verbas astronómicas, que não estavam ao alcance de outros clubes europeus, nomeadamente portugueses, e com isso estava a dizer ao Carrillo que não ia sair do clube de forma alguma. O Sporting encerrou praticamente desde outubro qualquer tipo de negociação. Pediam entre 12 e 16 milhões de euros, a intenção era bloquear a saída do jogador e ficar de fora de qualquer tipo de negociação", revelou ainda John Baldovino.
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