A época de 1975/76, há 40 anos, foi a última em que uma equipa atingiu a 21.ª jornada do campeonato português de futebol com mais do que os 59 golos ostentados presentemente pelo Benfica.

Nas últimas quatro décadas, e cumpridas 21 rondas, os comandados de Rui Vitória só são igualados pelos 59 tentos do FC Porto, de Artur Jorge, em 1984/85, e superados pelos 61 do Benfica, de Mário Wilson, em 1975/76, duas equipas campeãs.

A versão 2015/16 dos ‘encarnados’ supera, por exemplo, todas as seis sob o comando de Jorge Jesus, que conseguiu um máximo de 56 golos, na época de estreia (2009/10), e, por exemplo, foi campeão em 2013/14 com 58 tentos, em 30 jogos.

O conjunto da Luz marcou três ou mais golos em 13 das 21 rondas: duas vezes seis – ambos triunfos por 6-0, nas receções a Belenenses e Marítimo -, uma vez cinco, cinco vezes quatro e outras tantas vezes três.

Nos restantes encontros, o Benfica marcou três vezes dois tentos, ficou-se apenas uma vez por um, no triunfo por 1-0 em Guimarães, e não marcou em quatro jogos, perdendo os 11 pontos cedidos até ao momento.

Sempre que marcaram, o que aconteceu em 17 ocasiões, os ‘encarnados’ somaram outros tantos triunfos, sendo que, além dos dois 6-0, conseguiram mais três goleadas (mais de três golos de diferença): um 5-0 e dois 4-0.

Em termos individuais, o brasileiro Jonas é o grande destaque, com um total de 23 golos, registo que o coloca, neste momento, em segundo lugar na corrida à Bota de Ouro, apenas atrás do argentino Gonzalo Higuain (Nápoles), que soma 24.

Os números do jogador que o Valência desprezou só têm paralelo, neste século, com os do seu compatriota Mário Jardel, que, em 2001/02, ao serviço do Sporting, concluiu a 21.ª ronda com 28 tentos – acabaria com 42.

Além de Jonas, também o grego Mitroglou já passou a dezena de golos, somando 11, marca que o coloca no quarto lugar do ‘ranking’ luso, também atrás dos 13 de Bruno Moreira (Paços de Ferreira) e dos 16 do argelino Slimani (Sporting).

Há 40 anos, na última vez em que uma equipa marcou mais de 59 golos em 21 jornadas, o Benfica tinha uma dupla ainda mais produtiva e com os tentos mais divididos: Jordão (19) e Nené (18) ostentavam 37 dos 61 tentos dos ‘encarnados’.

A formação comanda por Mário Wilson terminaria a prova com um total de 94 golos, em apenas 30 jornadas, e Jordão foi o ‘rei’ dos goleadores, com 30. Em 1984/85, o FC Porto era liderado por Fernando Gomes, que já somava 29 golos à 21.ª ronda e acabaria como Bota de Ouro, com 39, também em 30 encontros. Os ‘dragões’ marcaram mais 19 tentos e acabaram a prova com 78.