Foi uma semana de altos e baixos para os encarnados, mas que terminou com uma vitória segura, e necessária, para a equipa comandada por Rui Vitória em Paços de Ferreira.

Há uma semana, o Benfica tinha perdido contra o FC Porto, mas sacudiu a ressaca da derrota com um triunfo na Liga dos Campeões com o Zenit. Em Paços de Ferreira, campo difícil para todos os adversários, o Benfica não vacilou e mostrou-se coeso e seguro quanto ao seu objetivo na I Liga: não deixar de olhar para o primeiro lugar, onde mora o rival vizinho Sporting.

Jonas e Mitroglou são os homens que mais sossego dão a Rui Vitória. Os dois avançados conseguem resolver partidas e conquistar pontos. Na Mata Real não foi exceção. Os dois avançados, com a ajuda de Carcela (foi titular no lugar do lesionado Gaitán), desenharam o primeiro golo aos 13 minutos, mas aqui com nota artística por parte do avançado número 17 do Benfica, com um toque genial de calcanhar.

E por falar em genialidade, temos de dar todo o mérito ao trabalho do jovem português Diogo Jota. O extremo português de 19 anos parecia uma bola de ‘bowling’ a derrubar todos os pinos do Benfica e a culminar com um golaço digno de um craque. Contudo, o guarda-redes Júlio César estava adiantado e por isso foi mal batido, mas, em nada, retira o mérito a Diogo Jota, que deu alento à equipa da casa com o empate aos 23 minutos.

Já com o cair do pano do intervalo surgiu o lance mais polémico do encontro. Polémico por suscitar muitas dúvidas e protestos por parte do Paços de Ferreira. Que o diga o treinador Jorge Simão.

“Tudo fica decidido no lance da grande penalidade antes do intervalo, mas não quero ir por aí", disse Simão na flash interview após o desafio. Na jogada, Jonas ‘forçou’ a grande penalidade cometida por Andrezinho, que se limitou a colocar o pé, sem intenção de tocar o avançado brasileiro. Mas o árbitro Jorge Ferreira teve uma leitura diferente e marcou castigo máximo para a equipa da casa, critério diferente no lance entre Bruno Moreira e Samaris minutos antes. O que conta é o que o árbitro decide e, na conversão, Jonas marcou o 1-2 para os encarnados, colocando a sua equipa em vantagem ao intervalo.

Mas continuemos com mais lances suscetíveis a comentários sobre grandes penalidades. No segundo tempo, Hélder Lopes derrubou Jonas na grande área, mas o juiz deixou passar. Dos três casos, este, na nossa opinião, é o mais esclarecedor. Ficou um pénalti por assinalar a favor do Benfica aos 50 minutos.

De forma a ’tapar’ todos estes casos polémicos, o defesa central Lindelof marcou, aos 57 minutos, o terceiro golo na sequência de um livre, e numa jogada entre centrais, com Jardel a passar de cabeça para o sueco de 21 anos e este a rematar para a baliza de Defendi.

Houve ainda uma situação caricata na Mata Real, com um adepto do Benfica a invadir o campo e a agarrar-se a Mitroglou, tendo pedido alguma coisa ao avançado grego. O adepto foi imediatamente levado, sem oferecer resistência, para fora do centro da ação.

Com este triunfo, o Benfica igualmente pontualmente (55) o Sporting e coloca pressão sobre a equipa de Jorge Jesus para o encontro de segunda-feira, na receção ao Boavista.