Pinto da Costa reagiu hoje à polémica em torno da visita de elementos da claque Super Dragões à taberna do pai do árbitro Jorge Ferreira, que protagonizou uma arbitragem polémica no último jogo P. Ferreira-Benfica.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do FC Porto garantiu não ter qualquer conhecimento de uma visita de membros da claque portista. "Não sei do que está a falar, mas do senhor Jorge Ferreira eu demarco-me completamente do tipo de arbitragem e do árbitro, isso demarco-me completamente. A claque não tomou posição nenhuma, senão eu teria conhecimento, mas as claques não têm nada a ver com arbitragem, protestam, como qualquer um tem direito a protestar e basta ver alguns programa televisivos de pseudocomentadores de futebol o que dizem dos árbitros, que não ajudam nada ao futebol", afirmou.

Com o foco apontado à arbitragem, Pinto da Costa ironizou ainda com a nomeação do árbitro João Capela para o desafio desta jornada dos azuis e brancos com o Belenenses. "Está a dar-me uma novidade... Acho graça, porque quando me perguntaram quem é que eu achava que ia ser o árbitro disse que seria um de dois: o João Capela ou o Nuno Almeida, mas pelos vistos acertei. Não vou comentar os comentadores, registo factos, palpitava-me que seria um dos dois e acertei. Os meus palpites às vezes dão certo", atirou.

Por fim, o presidente do clube da Invicta voltou a desferir críticas ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e ao seu líder, Vítor Pereira. No centro do discurso de Pinto da Costa esteve a alegada divisão no seio da própria comissão responsável pelas nomeações dos árbitros.

"Há coisas incompreensíveis. Na semana passada estive no Conselho de Arbitragem, fui recebido para colocar determinadas questões, porque queria compreender, não foi para dizer nada, porque eles é que são os responsáveis. Mas soube de uma coisa que naturalmente também vos surpreenderá e que a mim me surpreendeu completamente: há uma comissão de nomeações formada por três membros, Vítor Pereira, Luís Guilherme e Lucílio Batista, e em todas as reuniões dessa comissão Luís Guilherme e Lucílio Batista abstêm-se e põem na ata da reunião que se abstiveram das nomeações por não estarem de acordo com a forma como está a ser gerida a arbitragem, nomeadamente por um senhor Ferreira Nunes de Coimbra, que controla as classificações e os observadores. E como não estão de acordo, estamos num impasse em que o Conselho de Arbitragem tem três elementos para nomear árbitros e dois, por não estarem de acordo com o funcionamento, abstêm-se. Se acham que isto dá garantias à arbitragem e aos bons árbitros, fico surpreendido", concluiu.