Bruno de Carvalho elogiou o seu trabalho à frente do Sporting nos últimos três anos. O líder leonino falou das contas do clube para sublinhar que o Sporting não está dependente da banca.

"Tenho lido que se tem trilhado um caminho e que falta independência da banca. Temos uma dívida bancária, já muito mais diminuída mas que existe. Mas isso não significa estar dependente da banca. Neste momento até já pagámos mais do que estava previsto. Não temos tido apoio adicional. Há uma série de atos que vão sendo feitos ao longo do tempo mas isso não significa alterações. AS VMOC's e aumentos de capital estão planeados. Há quem use estes 17 milhões. Não precisamos de apoio nenhum", disse Bruno de Carvalho, em entrevista à televisão do clube.

O presidente do Sporting lamentou que o clube não tenha entrado na fase de grupos da Liga dos Campeões mas lembrou que mesmo sem o dinheiro dessa prova a SAD apresentou bons resultados.

"Mesmo sem os 12 milhões da Champions, estamos a falar de uma recuperação de oito milhões. Antes de começarmos a próxima época tudo estará resolvido. O Sporting não tem nenhuma dependência da banca. Apenas o pagamento de uma dívida que herdou. Temos apresentado lucros sucessivos mas quando somos afastados daquela forma da Champions tem que se arranjar soluções e conseguimos. Isto pode inverter-se de um momento para o outro. Mas qualquer pessoa que veja o relatório vê que antes o Sporting era quem mais dívida tinha e agora o que tem menos", lembrou.

Questionado sobre se o clube irá vender jogadores no final da época para equilibrar as contas, Bruno de Carvalho disse que vai manter a base da equipa para a próxima época. Sobre as renovações de contratos com alguns jogadores nucleares, defendeu que tal não foi feito para o clube ficar com maiores fatias dos passes para depois vender.

"Esta direção tem dois objetivos desportivos: sermos campeões de forma regular no futebol e a conquista de títulos europeus ao nível do clube. Isso já começou, com a Taça CERS. A maior parte dos jogadores com quem renovamos não tinha contratos a acabar. Apenas alguns mais próximos, como o Adrien ou o Rui. Contamos com os jogadores de forma segura e para conquistar títulos de forma regular. Não estamos a fazer renovações para ficar com maior fatia dos passes [para posterior venda]", comentou.