Bruno de Carvalho acusou alguns dirigentes de futebol de utilizarem as suas declarações para pressionar os árbitros. Em entrevista à Rádio TSF, o presidente do Sporting sublinhou que o público em geral poderá entender as suas palavras também como forma de pressão mas, reafirma, esse não é o seu objetivo.

"Acho que muitos dirigentes utilizam a arbitragem com segundas intenções. Isto é relevante e importante... Considero que há dirigentes que usam as suas declarações para pressionar a arbitragem e isso, aquilo que mais me aborrece, é que já disse a quem de direito, dentro da Liga, FPF e APAF, que a arbitragem como tem sido gerida, tem-se posto a jeito", comentou o líder leonino, à TSF.

O presidente do Sporting tem sido uma voz ativa no futebol português, ele que usa muito as redes sociais para expressar as suas ideias. Bruno de Carvalho recusa a ideia de, ele próprio, também estar a pressionar a arbitragem.

"O Sporting, infelizmente, tem de engrossar a voz e fazer-se ouvir perante a opinião pública. Quer queiramos, quer não... O futebol vai mudar mais depressa do que as pessoas imaginam, até porque as próprias pessoas vão exigir isso. Foi aquela noção de que as pessoas estavam aborrecidas da grande corrupção no futebol, que fez com que o próprio futebol mudasse o seu discurso em 180 graus. Eu tenho de ter essa política. Tenho de ser assim. Tenho que claramente alertar a opinião pública, dia após dia, da realidade e do que deve acontecer. O grande público pode entender como pressão, mas a única coisa que queremos é o mesmo que aconteceu nos fundos e no vídeo-árbitro: que as coisas mudem. Assim como disse há um ano, que ia mudar muito mais rápido do que as pessoas achavam, também digo agora que as coisas na arbitragem, em termos de transparência, vão mudar. As pessoas estão fartas", disse o líder sportinguista à TSF.

Bruno de Carvalho aproveitou para sublinhar aquilo que, na sua opinião, tem de mudar para que possa haver mais transparência no futebol.

"As regras em termos de classificação não devem ser algo que não do conhecimento público. Todos nós devemos saber as suas regras. As regras de nomeação: devia saber-se quem é e não sabemos. As regras da escolha dos observadores: por que são aqueles, quem são, sobre o que regem a sua observação. Devia ser o conhecimento e não o é. Estamos a falar de pessoas que são pais, filhos, primos, funcionários nos outros trabalhos e, de repente, tudo o que está em volta deles é uma néoa de desconhecimento. Nas equipas é tudo descortinado, sabem os planteis, os relatórios e contas, estatutos, regulamentos. Sabe-se tudo. Numa parte tão importante, que é a arbitragem, sabemos o nome dos árbitros. O vídeo-arbitro será importante quando houver abertura e transparência clara daquilo que envolve a arbitragem", atirou.

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