Jorge Nuno Pinto da Costa teceu várias críticas a Julen Lopetegui numa entrevista ao Porto Canal, e revelou que o diferendo com o técnico despedido no início do ano ainda se mantém.

"Lopetegui entende bem português quando lhe convém. Falta querer dialogar porque se recusou a falar, não é da nossa parte que não há acordo. Jorge Mendes, que era empresário dele juntamente com um intermediário espanhol, disse que ia tratar do assunto mas até agora não houve nada", disse Pinto da Costa ao Porto Cana, recordando ainda que foi sempre um 'defensor de Lopetegui até ao limite".

"Aguentei depois da derrota em Alvalade porque houve aquela cena em que os adeptos não queriam deixar sair os jogadores do estádio e entendi que, se cedesse, o poder deixava de estar com quem tinha a responsabilidade", disse o líder portista sobre a contestação dos adeptos ao técnico basco, assumindo depois que foram três as razões que o levaram a despedir Lopetegui.

"Primeiro, os mesmos adeptos que tentaram impedir que os jogadores saíssem do estádio após a derrota com o Sporting foram os mesmos que deram um apoio exemplar antes, durante e após o jogo. Depois, no dia do jogo com o Rio Ave disse-me que ia mudar este e aquele jogador e, quando começou o jogo, vi que a equipa era a mesma que ele tinha criticado e que não fizera nenhuma das alterações que me tinha dito. Disseram-me depois que foi um adjunto que o pressionou a não fazer alterações", atirou.

"A terceira: quando terminou o jogo fui ao balneário e não ia dizer nada de especial mas antes de poder dizer o que fosse, ele disse-me: ‘o problema comigo resolve-se em dois segundos’. Considerei que isto era um deitar a toalha ao chão e, quem deita a toalha ao chão, não serve para o espírito que quero no FC Porto. Nesse dia disse que tudo se resolvia em dois segundos, no dia seguinte disse para falarmos com o advogado. Recusou-se a falar e até hoje estamos à espera. Nunca me arrependo de o ter defendido até ao limite. Até que considerei que já não tinha força anímica, e assim o melhor era ir embora. Os dois segundos estão multiplicados por muitas horas", sentenciou Pinto da Costa sobre o assunto.