Jorge Jesus concedeu uma entrevista à agência noticiosa espanhola EFE e falou sobre alguns jogadores com quem trabalhou e que ajudou a chegarem ao topo do futebol mundial. O técnico do Sporting admitiu orgulhar-se do seu contributo na valorização do médio sérvio Matic, atualmente no Chelsea.
“Não era médio defensivo, era ofensivo. Eu mudei-lhe a posição no Benfica. Ele nunca tinha imaginado em jogar ali. Atualmente, é um dos melhores médios defensivos do mundo. Se estivesse comigo, era o melhor. Agora, é o segundo ou o terceiro”, respondeu Jesus, entre sorrisos, segundo a EFE.
Quanto a outros jogadores, como Di María, David Luiz, Fábio Coentrão, Ramires, Javi García e Enzo Pérez, Jesus reconhece que a sua valorização ficou a dever-se ao seu trabalho.
“O treinador é como um artista. Tem de ser um criativo, um visionário. Com o meu método de treino, eu ajudo os jogadores a crescerem sempre que tenham talento. Ajudámos a crescer jogadores que hoje são ‘top’ do mundo. São tantos que lhe perdi a conta”, disse.
Relativamente ao Sporting, Jesus realçou a importância do “sentimento” de pertença promovido pela presença de jogadores da formação na equipa principal, salientando a necessidade de conseguir a “cultura de campeão”.
Na mesma entrevista Jesus explicou que sempre que está em casa “consome futebol”, apontando ainda a exigência como ponto-chave na sua relação com os jogadores.
“Sou exigente e sou amigo, mas não confundo a disciplina com a ditadura, nem a opinião ou a democracia com o caos. O meu lema é a seriedade, o compromisso e o grupo em primeiro. Sou muito exigente e quem é exigente é inevitavelmente um pouco frio”, admitiu.
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