O presidente do Sporting comentou esta quinta-feira a indemnização que o clube leonino vai ter de pagar a Carlos Freitas, antigo diretor-geral da SAD, no valor de 209,461 mil euros e teceu duras críticas à justiça portuguesa na sequência de um 'surto' de notícias relacionadas com os processos de que o clube foi alvo nos últimos dias.

"É a justiça que temos. Por algum motivo a estátua da justiça tem uma venda... Não fui eu que o contratei. Já ganhámos dezenas de processos, mas isso, pelos vistos, não interessa", afirmou Bruno de Carvalho à margem de um congresso sobre a relação entre o mundo financeiro e o futebol, que decorreu na Universidade Nova de Lisboa.

"Ontem saiu um surto de notícias sobre dívidas que nem sei se não há aí algum magnata que nos ajude. O Sporting tem o menor passivo de todos. Perdeu com Carlos Freitas? Sim. Com a Doyen há meses? Sim. Mas ontem a campanha foi concertada, quase como a orquestra da Gulbenkian... Orgulhosamente, estamos equilibrados, estamos completamente calmos com o que se está a passar. Todos os processos podem ganhar-se ou poder-se e cá estamos em três anos num clube que diziam falido que não faliu. Quando cheguei, houve pessoas que me iam fechar a torneira e que ia morrer. Eu estou cá e algumas dessas instituições já não estão cá. Não gosto é de orquestras, só das sinfónicas", acrescentou o líder leonino.

"Sempre aprendi que 'old news' já não interessam. Já se sabe da decisão da Doyen há meses, mas saiu agora na rifa, podia ter saído outra. Estamos calmos. Agora está em segredo de Justiça, vamos esperar. Se mudou a nossa planificação para a próxima época? Se tivesse de mudar, teria de ter sido esta", acrescentou Bruno de Carvalho sobre o pedido de penhora dos bens do Sporting por parte da Doyen de forma a garantir o pagamento da dívida pelo caso Rojo.