A investigação que levou à realização de buscas às SAD do União de Leiria, Sporting e Benfica e aos estádios de futebol de Braga e Leiria "não tem, até ao momento", arguidos constituídos, informou hoje a Procuradoria-geral da República(PGR).

Segundo a PGR, as buscas, que envolveram 22 equipas da PJ, abrangeram os estádios de futebol de Braga e Leiria, as SAD do União de Leiria, do Sporting Clube de Portugal e do Sport Lisboa e Benfica, bem como residências particulares, empresas, veículos, escritórios de contabilidade e um escritório de advocacia.

Em causa estão suspeitas da prática de factos susceptíveis de integrarem os crimes de fraude fiscal, associação criminosa, branqueamento de capitais, corrupção e falsificação de documentos.

A investigação, que tem a colaboração da Autoridade Tributária, é dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), tendo as diligências de busca e apreensão ocorridos nas zonas de Lisboa, Leiria, Braga e Viseu, indicou a PGR.

Além da PJ, nas buscas participaram um magistrado do Ministério Público, um juiz e um representante da Ordem dos Advogados.

Antes, uma fonte policial adiantou à Lusa que as SAD do Benfica, Sporting e Sporting de Braga estavam a ser alvo de buscas pela PJ, numa investigação ligada a negócios realizados por estas com a SAD da União de Leiria.

Segundo a fonte, as três SAD - Benfica, Braga e Sporting - onde hoje de manhã estavam a ser realizadas buscas "não são alvo de investigação", uma vez que esta está centrada na SAD da União de Leiria devido às negociações realizadas com aqueles três clubes.

A fonte precisou que existem suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente de crime organizado da Rússia, com passagem por um país do Báltico, que depois seria investido na SAD da União de Leiria.