Na antevisão do dérbi com os portistas, Erwin Sanchez referiu que o horário marcado para o jogo (11:45), uma novidade na I Liga, “é inusual e não é fácil, porque muda tudo completamente”.

“Teremos que ser profissionais e fazer um pequeno-almoço reforçado por volta das 8:45, para chegarmos da melhor maneira ao jogo", salientou, lembrando que os treinos da equipa são, por norma, de manhã.

Sanchez realçou que é “a primeira vez como jogador e como treinador” que vai jogar a essa hora e espera que os jogadores deem uma boa resposta.

O treinador ‘axadrezado’ pretende "acabar bem" uma época dura, ainda por cima frente ao rival FC Porto.

“Todos nós gostamos desses jogos e será também um prémio especial para os jogadores, que trabalharam muito nestes últimos meses”, completou.

O encontro é um dérbi, mas, para Sanchez, não tem o picante de outros porque “o Boavista atingiu o seu objetivo, e o FC Porto, se calhar, já está a preparar o final da Taça, mas é um dérbi e nenhuma das duas equipas vai facilitar”.

“Há pouca coisa em jogo, mas, no fundo, acaba por ser muita, porque nem o FC Porto nem nós, num dérbi, gostamos de sair como perdedores. Sabemos qual é a dimensão do FC Porto, mas também sabemos que, por norma, quase sempre o Boavista tem feito grandes jogos no estádio do FC Porto”, referiu.

Sobre o seu futuro, não há novidades, segundo afirmou. A conversa com a direção que, conforme anunciou, havia ficado marcada para esta semana acabou por não se efetuar.

“Não houve conversa, mais a meu pedido do que por outras questões”, realçou.

Uma dessas questões foi a sua promessa de ir a Fátima a pé, que começou a ser cumprida precisamente durante esta semana, em conjunto com a sua equipa técnica.

“Não temos tido tempo para nos sentarmos e ver as coisas claramente e friamente, como elas têm que ser feitas, mas assim que acabarmos isto. vamos conversar e analisar também o melhor para o clube e para nós também, como equipa técnica”, afirmou.

Sanchez considerou “espetacular” as três etapas já cumpridas da sua promessa. A experiência, “muito boa”, começou na segunda-feira, com uma primeira caminhada de 27 quilómetros a que seguiram mais duas, de 23 e 25 quilómetros.

“Vamos terminar quando pudermos. Temos ido depois do almoço, porque temos treinos de manhã”, explicou.

Questionado sobre se sentia que se tinha valorizado com esta experiência no Boavista, Sanchez respondeu que “quando se consegue algum objetivo, o trabalho tem que ser valorizado”.

“Uma coisa é certa: fomos contratos precisamente para tentar a permanência do Boavista e nós conseguimos, pelo que o objetivo foi alcançado. Estamos de consciência tranquila”, assinalou.

O Boavista, 13.º classificado, com 34 pontos, e o FC Porto, terceiro, com 70, defrontam-se sábado, às 11:45, no Estádio das Antas, no Porto, num jogo da 34.ª e última jornada da I Liga portuguesa de futebol, que será arbitrado por Carlos Xistra, da Associação de Futebol de Castelo Branco.